Em um dos melhores jogos de tênis dos últimos tempos, o sérvio Novak Djokovic conquistou nesta segunda-feira o seu primeiro título do US Open – o quarto e último Grand Slam da temporada, disputado em Nova York – da carreira. O atual número 1 do mundo encarou uma verdadeira batalha para derrotar o espanhol Rafael Nadal, segundo colocado do ranking mundial da ATP, por 3 sets a 1 – com parciais de 6/2, 6/4, 6/7 (3/7) e 6/1, em incríveis 4 horas e 10 minutos de jogo.
Comprovando mais uma vez estar em seu melhor ano na carreira profissional, Djokovic conquistou o terceiro título de um torneio de Grand Slam nesta temporada – em janeiro, havia vencido o Aberto da Austrália e, em junho, o Aberto de Wimbledon, na Inglaterra. O sérvio só não conquistou o Grand Slam (ganhar os quatro torneios de Grand Slam no mesmo ano) porque foi batido pelo suíço Roger Federer, número 3 do mundo, na semifinal de Roland Garros, na França.
Este é o 10.º título de Djokovic em 2011, consolidando ainda mais a sua brilhante campanha de, agora, 64 vitórias e apenas duas derrotas – a outra foi para o britânico Andy Murray, na final do Masters 1.000 de Cincinnati, nos Estados Unidos, quando teve de desistir por fortes dores musculares após perder o primeiro set da partida.
Para Nadal, fica o gosto amargo de mais uma derrota em decisão para Djokovic. Com esta no US Open, já são seis em 2011. O sérvio também ganhou do espanhol em Wimbledon e em quatro finais de Masters 1.000 – Indian Wells e Miami (nos Estados Unidos), em Madri (Espanha) e em Roma (Itália). Pelo menos, Nadal ainda leva vantagem no confronto direto: em 29 jogos, ganhou 16 e perdeu 13 para Djokovic.
O EMOCIONANTE JOGO – A partida desta segunda pode ser considerada uma das melhores dos últimos tempos. Muito por causa da grande intensidade mostrada pelos dois tenistas, principalmente nos três primeiros sets, com lances incríveis de pura técnica e raça em alguns momentos. Nestas três parciais, muitos games tiveram a duração de mais de 10 minutos.
No primeiro set, Nadal parecia que tinha o comando e logo conseguiu uma quebra de saque e abriu 2 a 0. Só que Djokovic mostrou que vive um grande momento e, com muita técnica, conseguiu retomar as ações e obteve a virada para 6/2, em 53 minutos.
Na segunda parcial, novo início arrasador do espanhol com 2 a 0 no placar. Mais uma vez o sérvio conseguiu se recuperar e após uma batalha de 16 minutos no terceiro game, devolveu a quebra de serviço obtida por Nadal. A partir daí, Djokovic mandou na partida e fez 4 a 2. Quando parecia que iria fechar o set com tranquilidade, permitiu a reação do rival, que só foi batido com uma nova quebra de saque para fazer 6/4, após 1 hora e 11 minutos.
O terceiro set, sem dúvidas o melhor da partida com lances geniais dos dois tenistas, teve a duração de 1 hora e 24 minutos. Cada um obteve três quebras de saque e deixaram extasiados os torcedores presentes ao estádio Arthur Ashe, em Nova York, e os que assistiam à final pela TV no mundo inteiro.
Após vários intermináveis e incríveis pontos, Djokovic teve a chance de vencer o jogo quando quebrou o serviço de Nadal e fez 5 a 4. No entanto, não conseguiu confirmar em seu saque e viu o espanhol se encher ainda mais de força e raça para empatar a série levá-la ao tie break. Com mais disposição, o número 2 do mundo venceu por 7 a 3 e se manteve vivo na decisão.
Para o quarto set, Djokovic pediu atendimento médico para as dores nas costas que tanto o incomodavam desde a parte final da terceira parcial. Mesmo assim, e ajudado pelas dores musculares que também atrapalhavam Nadal, o sérvio teve mais forças para ganhar facilmente por 6/1, em 42 minutos, e conquistar o inédito título.