Ao ser campeão de Roland Garros no ano passado, Novak Djokovic conquistou o Grand Slam de carreira, mas o momento de auge também marcou o fim do seu domínio. Afinal, desde então, ele não venceu nenhum dos quatro principais torneios do tênis. Na semana passada, em uma tentativa de retomar o rumo das glórias, o sérvio anunciou que Andre Agassi vai treiná-lo no evento parisiense.

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“Ele é alguém que me inspira e isso é o que senti que eu precisava. Uma nova inspiração, alguém que sabe o que estou passando”, disse Djokovic, nesta sexta-feira, dois dias antes do início de Roland Garros. “Estou muito animado por ele estar aqui porque é um grande oportunidade para eu aprender, crescer”, acrescentou.

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Após ser campeão em Roland Garros, Djokovic caiu na terceira rodada de Wimbledon. Depois, perdeu na estreia na Olimpíada do Rio, foi finalista do US Open e deixou o Aberto da Austrália na segunda rodada. O sérvio terminou 2016 como número 2 do mundo, seu ranking atual, e venceu apenas um dos últimos 11 torneios que disputou. Assim, no início do mês, encerrou sua longa relação com o técnico Marian Vajda e também com o preparador físico Gebhard Phil Gritsch e o fisioterapeuta Miljan Amanovic.

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“Parece um novo capítulo. É uma grande mudança que eu experimentei nas últimas três, quatro semanas, me separando da equipe com quem eu estive nos últimos dez anos”, disse Djokovic. “É emocionante. Eu me sinto bem neste momento. Nos últimos cinco, seis meses eu sofri um pouco na quadra. Estou tentando me redefinir e redescobrir que tipo de abordagem é o caminho certo. Eu só senti que precisava mudar. Precisávamos seguir nossos caminhos separados”.

Agassi, que se aposentou em 2006, venceu oito torneios do Grand Slam, quatro a menos do que Djokovic, mas nunca trabalhou como técnico. O sérvio explicou que não planejava iniciar uma relação profissional com o norte-americano quando o procurou pela primeira vez.

“Eu pedi seu número de telefone para agradecê-lo por falar bem sobre mim na imprensa. Ele só teve pontos positivos a dizer sobre mim. Quando as coisas não estavam indo bem, ele era um dos poucos de pé ao meu lado e me apoiando, assim, eu quis agradecer”, disse Djokovic.

“Se transformou em uma longa conversa e foi assim que começou. Nós não pensamos sobre isso se tornar uma relação profissional, mas depois de algumas semanas… Eu não estava apressando o processo de conseguir um novo treinador porque confio em mim mesmo. Eu tenho experiência suficiente para saber como jogar tênis”, acrescentou o sérvio.

Agassi e Djokovic conversaram várias vezes nas últimas semanas, mas eles treinaram juntos pela primeira vez na última quinta-feira em Roland Garros. O norte-americano, de 47 anos, não vai permanecer em Paris durante todo o torneio.

“Ontem (quinta) foi o primeiro dia. Nós treinamos e tivemos uma longa conversa à noite. Mesmo sendo o primeiro dia, senti como se nos conhecemos há muito tempo”, comentou Djokovic, que vai estrear em Roland Garros contra o espanhol Marcel Granollers.