O anúncio da desistência durante a partida contra o suíço Stan Wawrinka, quando perdia por 2 a 1 no terceiro set depois de ser derrotado também nas duas primeiras parciais, doeu muito para Novak Djokovic, tanto dentro como fora de quadra. Com fortes dores no ombro esquerdo, agravadas por uma lesão sofrida na segunda rodada, o sérvio teve de deixar o US Open ainda nas oitavas de final e não conseguirá defender o título conquistado no ano passado.
“A dor foi constante durante semanas. Alguns dias mais forte, alguns dias com menos intensidade e obviamente tomando algumas coisas (medicamentos) para acabar com ela imediatamente”, disse o atual número 1 do mundo na entrevista coletiva após a sua eliminação. “O tratamento às vezes funciona, outras vezes não. Simplesmente o próprio corpo te diz quando já não pode mais continuar (jogando)”, prosseguiu.
Djokovic se negou a dizer qual é o grau de sua lesão no ombro, que passou a incomodá-lo com maior frequência a partir da vitória por 3 sets a 0 sobre o argentino Juan Ignacio Londero, na última quarta-feira, pela segunda rodada. Depois, na terceira, na sexta-feira, também ganhou em sets diretos do norte-americano Denis Kudla.
“Me retirei (do torneio) e te disse que era o ombro esquerdo. Não tenho mais nada que dizer. Não quero falar das minhas lesões. Falei disso no passado”, comentou o sérvio. “É frustrante, muito frustrante. Obviamente não sou o primeiro nem o último que se lesiona e tem de abandonar um dos maiores torneios de tênis. Mas obviamente acabou de sair da quadra, sendo que isso me dói. Mas o mais importante é que a vida continua”.
Mesmo com a derrota – só conseguiu somar 180 dos 2.000 pontos que defendia em Nova York -, Djokovic não perderá o posto de número 1 do mundo ao final do US Open. Mas lamentou não poder encostar no número de títulos de Grand Slam conquistados até agora por Roger Federer e Rafael Nadal. O sérvio tem 16 taças, contra 20 do suíço e 18 do espanhol.
“Não é nenhum segredo que desejo e tenho o objetivo de ganhar o máximo de títulos de Grand Slam e alcançar a marca de Roger. Mas ao mesmo tempo há um longo caminho pela frente e espero jogar por muito mais anos. Planejo isso. Não vejo um final (de carreira) no horizonte”, completou Djokovic.