A Federação Paranaense de Futebol (FPF) ainda não se pronunciou oficialmente, mas realiza hoje uma reunião que pode definir um novo adiamento da Divisão de Acesso 2010.
Na semana passada, dirigentes dos clubes participantes já haviam recebido um comunicado avisando que o campeonato iniciaria apenas na segunda semana de maio – e não na primeira, como previsto inicialmente.
O novo problema para a FPF ocorreu depois que o relator do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio Zveiter, adiou o julgamento de ontem sobre a possibilidade de participação do Iguaçu no Estadual por conta de um atraso no arbitral.
A alegação da defesa do clube de União da Vitória para pedir que o julgamento fosse adiado foi ter recebido a intimação do STJD fora do prazo estipulado por lei. “Recebemos essa documentação depois do tempo mínimo de três dias antes do julgamento”, explicou o presidente do Iguaçu, Odenir Borges.
Como a decisão poderá sair apenas na próxima quinta-feira, e se o Iguaçu perder a FPF terá de refazer totalmente a tabela, dirigentes da entidade ainda planejam o que fazer para solucionar a questão.
Ainda assim, questionado sobre os transtornos que um novo adiamento poderia trazer para o torneio, o vice-presidente da FPF, Amilton Stival, preferiu não se pronunciar. “Estamos aguardando nosso advogado. Não posso falar nada ainda”, disse.
De acordo com advogado de justiça desportista Domingos Moro, a Divisão de Acesso não pode ser iniciada enquanto não houver uma definição do STJD ou um acordo entre clube e Federação.
Justiça comum
Após solicitar ao STJD uma medida cautelar que impeça o início do torneio sem o Iguaçu, a equipe de União da Vitória não descarta que possa ir à Justiça comum. “Vamos respeitar o estatuto do torcedor e vamos até os últimos recursos. Se não conseguirmos a participação, já temos contato feito com desembargadores de Curitiba e vamos buscar outro tipo de alternativa”, afirmou o presidente Odenir Borges, que completou: “O Iguaçu, desde sua fundação, nunca foi impedido de disputar uma competição. É uma pena que tentem fazer com que isso ocorra agora”.