Como era de se esperar, a disputa pela Federação Paranaense de Futebol virou uma guerra. Os candidatos Hélio Cury e Ricardo Gomyde – e principalmente seus adversários – lutam pelo objetivo mais moderno de uma campanha, a chamada “desconstrução” do adversário. Cada movimento da situação ou da oposição é, antes de tudo, criticado e diminuído. A situação chama ex-dirigentes para a chapa? É continuísmo. A oposição se aproxima da CBF? Está dobrando os joelhos para a entidade. Planos para melhorar nosso futebol? Quase nenhum.

continua após a publicidade

Como a data da eleição ainda não está marcada, é possível ainda torcer para que tenhamos um debate sério sobre o papel da Federação e sobre as possibilidades de fortalecimento do futebol paranaense. Por enquanto, nada disso, apenas uma batalha de notas para dizer que A está do lado tal, B está do outro – ou para disputar alguns apoios, como o do governador Beto Richa. Da mesma forma que é estranho ver a dança de situação e oposição para ficar ao lado da CBF, ou no mínimo que haja neutralidade na disputa.

Por sinal, quem olhar a disputa na FPF pelo lado político pode ter um troço. Afinal, do lado de Hélio Cury estão Álvaro Dias, um dos líderes nacionais do PSDB, e diversos auxiliares do prefeito Gustavo Fruet, do PDT, que tem os tucanos como oposição em Curitiba. Já Ricardo Gomyde, principal nome do PC do B no Estado, tem o apoio público de Pepe Richa, irmão do governador e secretário estadual de Infraestrutura e Logística, e deseja muito que Beto Richa faça o mesmo.

Isto mostra como o futebol é importante, mas ao mesmo tempo reforça a falta de coerência dos candidatos. Por sinal, falta ao futebol paranaense uma visão coerente, um planejamento real, um calendário que beneficie a todos. Não fosse a televisão, talvez nem houvesse Campeonato Estadual.
Quem espera o crescimento do futebol paranaense espera mais dessa eleição. Que o jogo rasteiro pare e que a discussão seja séria. E que o melhor vença.

continua após a publicidade