A surpreendente punição ao zagueiro Cris – um “gancho” de seis jogos – aplicada pela 3.ª Comissão Disciplinar do STJD revoltou os dirigentes paranistas. O departamento jurídico, através do advogado Itamar Côrtes, já deu entrada no recurso, com direito a um pedido de efeito suspensivo à pena decretada na noite de quarta-feira, no Rio de Janeiro.
“Ficamos surpresos com o rigor dos auditores”, afirmou Côrtes. “Jamais esperava isso. Sou um jogador viril, mas não violento. Tanto que ao longo da minha carreira nunca havia recebido uma punição como esta. Muitos amigos de São Paulo e do Rio me ligaram, dando força neste momento”, disse Cris, visivelmente chateado com a situação.
No julgamento, mesmo com o depoimento do atleta e as provas de vídeo, o relator do processo, José Teixeira Fernandes, aplicou a pena máxima prevista no artigo 254 do CBJD. Foi acompanhado pelo auditor Raphael Domenech.
Gisele Amantido estabeleceu pena de dois jogos e o presidente da 3.ª Comissão, Mário Antônio Couto, aplicou suspensão de três jogos. Pela maioria de votos, Cris ficou com a pena máxima.
“Houve uma confusão, pois num primeiro momento entendemos que o presidente da mesa havia dado duas partidas de suspensão. Isso seria favorável ao Cris, mas na recontagem dos votos, veio o pior”, lembrou Itamar Côrtes.
Apesar dessa situação, Cris garante que não irá se abater. “O grupo precisa de mim e eu preciso do grupo. Vou estar em Santos, na concentração e no vestiário, dando força para meus companheiros”, arrematou o capitão.
