O caso ?Bruxo? terá um importante capítulo hoje, na sede do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol. O presidente do Operário de Ponta Grossa, Silvio Cosmoski, e o ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube, Silvio Gubert, irão depor no inquérito que apura o suborno à arbitragem na Série Prata do Campeonato Paranaense.
Desde que o caso foi veiculado pelo canal por assinatura ESPN Brasil, Cosmoski tem repetido que tudo se tratou de um ?mal-entendido?. Para o presidente do Fantasma, Gubert cometeu um ?deslize? ao declarar que havia um esquema de manipulação de resultados controlado por um certo ?Bruxo?. ?Não temos nada a temer, porque em momento algum o clube agiu de maneira ilícita. Apenas Gubert terá que explicar as declarações que deu?, disse Cosmoski, que afastou seu subordinado do cargo. Gubert afirmou que contara à TV acontecimentos do passado.
As declarações, porém, já causaram estrago e colocaram em suspeita a condução da Segundona paranaense. O presidente do Sindicato dos Árbitros Profissionais do Paraná, Amoreti Carlos da Cruz, ameaçou botar a boca no trombone. ?Estamos passando vergonha. Os árbitros sempre são esquecidos, mas no momento de pressionar aparecem estas histórias. Chegou a hora de dar um basta. Se o pessoal de Ponta Grossa não explicar bem o caso no TJD, nós vamos à frente a daremos nomes aos bois?, ameaçou o sindicalista.
Amoreti não quis antecipar nomes ou confirmar a existência do tal ?Bruxo?, mas deu algumas pistas. ?Onde há fumaça, há fogo. Se este Bruxo existe, deve ter poder de manipulação. Ou será que ele jogaria com a sorte??, questionou.
