Dirigente venezuelano detido na Suíça aceita ser extraditado aos EUA

Ex-presidente da Federação Venezuelana de Futebol, Rafael Esquivel concordou em ser extraditado da Suíça para os Estados Unidos, onde responderá às acusações de corrupção, revelou nesta sexta-feira uma autoridade da Justiça suíça.

Esquivel foi preso em Zurique em maio de 2015 como parte de uma investigação liderada pelos norte-americanos sobre suposta corrupção envolvendo figuras importantes do mundo do futebol e da Fifa.

Um porta-voz do Departamento Federal de Justiça da Suíça disse que foi informado por Esquivel nesta sexta-feira que o venezuelano havia retirado a sua apelação final contra a extradição, que estava pendente na mais alta corte do país.

“Isso permitiu que o Escritório Federal de Justiça aprove sua extradição para os EUA no mesmo dia”, disse o porta-voz Folco Galli à agência de notícias Associated Press.

“Esquivel deve ser colocado sob a custódia de uma escolta policial dos EUA e levado para os EUA dentro de 10 dias”, acrescentou. Galli disse que o dia e a hora precisa da extradição não será anunciada por razões de segurança e privacidade.

Esquivel recorreu de sua extradição no Tribunal Federal de Lausanne em 27 de janeiro. A notícia da sua decisão de abandonar o apelo veio no mesmo dia em que os países-membros da Fifa votam em Zurique para definir o novo presidente da Fifa, em substituição a Joseph Blatter, além de aprovarem um pacote de reformas para combater a corrupção na organização.

As autoridades norte-americanas acusam Esquivel de receber subornos no valor de milhões de dólares em conexão com a venda de direitos de marketing para as edições de 2007, 2015, 2016, 2019 e 2023 da Copa América.

Esquivel estava entre nove ex-dirigentes do futebol detidos em Zurique no ano passado – entre eles, José Maria Marin, ex-presidente da CBF – no ano passado. Cinco deles, incluindo o brasileiro, já foram extraditados aos Estados Unidos. Um sétimo, Eugenio Figueredo, foi enviado para o Uruguai, seu país, enquanto outros dois Julio Rocha, da Nicarágua, e o britânico Costas Takkas, um ex-assessor da presidência da Concacaf, aguardam a avaliação dos pedidos de extradição pela Justiça da Suíça.

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