A proximidade dos Jogos Pan-Americanos, que terão sua cerimônia de abertura na sexta-feira, já dá um frio na barriga até para campeões olímpicos como Rogério Sampaio, atualmente diretor-geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB).

continua após a publicidade

Em entrevista ao Estado, o ex-judoca afirmou que espera um bom resultado do Brasil, com participação semelhante a das últimas edições.

Como está a expectativa no COB para os Jogos Pan-Americanos de Lima?
Um evento que você leva 487 atletas para o exterior não tem como não criar uma expectativa. Esperamos um bom resultado. O COB tem três últimas participações excelentes, incluindo em Rio-2007, na nossa casa, e nos dois mais recentes, em Guadalajara-2011, no México, e Toronto-2015, no Canadá, tivemos um bom número de medalhas, ficamos entre os três países mais bem colocados na classificação geral, e agora nesse momento vivemos essa expectativa de repetir esse bom desempenho.

Muitas confederações passam por um momento financeiro ruim. O COB tem conseguido ajudar de alguma forma?
As dificuldades que algumas confederações têm enfrentado nos preocupa, evidentemente. Mas temos procurado atender os atletas, organizando viagens ao exterior para treinamentos, de modo que nada falte. Os atletas da CDBA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), por exemplo, tiveram apoio para aclimatação e participação no Mundial de Esportes Aquáticos, e depois vão representar o País no Pan-Americano no Peru. Na vela, os atletas vê do Oriente para Lima e depois devem retornar para Tóquio para um evento-teste. A gente tem procurado atender em todas as necessidades para que os atletas possam se preparar da melhor forma possível.

continua após a publicidade

A condição financeira do COB permite ajudar para depois do Pan também?
Nós estamos preparados, com muito trabalho, para poder executar pelas confederações, e vamos assumir essa responsabilidade e não vamos deixar que falte nada para a preparação dos atletas, tanto para o Pan quanto para Tóquio-2020.

No Pan, a meta é o maior número de classificação para a Olimpíada. Mas que resultado te deixará satisfeito em Lima?
Uma participação que fique muito próxima das duas últimas da delegação brasileira, quando ficamos na terceira colocação no quadro geral de medalhas com mais de 140 pódios em cada uma, acho que será uma conquista excelente. Se conseguirmos melhorar, aí vamos comemorar bastante.

continua após a publicidade

A delegação do Brasil tem muito jovens. Você vê o Brasil com bom potencial para o futuro?
Algumas modalidades têm feito um processo muito bom de renovação. Outras ainda contam com atletas experientes, mas que ainda conseguem manter alguns resultados. O judô conta com o Rafael Silva, que não vai ao Pan-Americano e será substituído pelo David Moura, que também é muito experiente. Tem a Mayra Aguiar, a Rafaela Silva, mas também tem jovens como a Beatriz Souza, a Larissa Pimenta. A gente tem conseguido manter os resultados em muitas modalidades, o que é bom.

O que você pretende fazer quando estiver em Lima junto com o Time Brasil?
Eu vou revezar com o presidente Paulo Wanderley, que chegará para o início da competição. Aí ele retorna e eu vou ficar no período de 5 a 12 de agosto. Pretendo passar por todas as modalidades que estiverem acontecendo nesse período que eu estiver no Peru. Eu vou fazer questão de ir lá para acompanhar um pouco. Quero torcer pelos atletas do Time Brasil que estarão lá e aprender um pouco mais sobre cada uma das modalidades, pois sempre é uma oportunidade boa para se fazer isso.