O inglês Nick Fry, diretor de competições da Honda, afirmou nesta sexta-feira (5) que está esperançoso quanto à venda da escuderia. A montadora japonesa anunciou que não vai mais investir na Fórmula 1, e por isso está aberta a negociações pela estrutura que utilizava na categoria.
“A decisão da montadora ainda é recente, mas nas últimas 12 horas já tivemos três pessoas sérias que mostraram interesse em comprar a equipe. Por isso, ainda temos esperanças de estar no grid em Melbourne”, afirmou à TV inglesa BBC. A cidade recebe o GP da Austrália no dia 29 de março, abertura do Mundial.
Fry afirmou que, nos próximos três meses, atuais membros da equipe continuaram trabalhando para um possível período de transição, caso surja um comprador. Se até março não foi fechado um negócio pela escuderia, o Mundial de Fórmula 1 pode ter 18 carros e nove equipes – menor número desde 1969.
Para o dirigente, entretanto, a venda parece ser questão de tempo. “Estamos em uma situação completamente diferente das outras equipes que deixaram a Fórmula 1. A Honda é uma das equipes com mais estrutura, tem funcionários fantásticos e um carro com a assinatura de Ross Brawn. Acho que somos um investimento atrativo.”
A crise financeira mundial e a falta de resultados desde sua volta à categoria em 2006 foram os motivos que levaram a montadora a abandonar o projeto. Em 2008, a Honda investiu US$ 398 milhões na F-1 e obteve 14 pontos, contra 172 da Ferrari, campeã dos construtores.