O presidente da CBF, José Maria Marin, confirmou que Ricardo Teixeira, seu antecessor no cargo, continua a receber dinheiro da entidade. Ele disse que foi assinado um contrato para prestação de serviço, consultoria e captação de patrocínio com prazo indeterminado.
“Jamais iria abrir mão da experiência dele. Um homem que trabalha há mais de 23 anos nas maiores esferas do futebol”, afirmou Marin.
A informação sobre pagamento da CBF a Ricardo Teixeira foi publicada hoje pela Folha de S.Paulo.
Conforme a reportagem apurou, os depósitos para o ex-presidente continuam sendo feitos na agência do Itaú localizada no condomínio onde funciona a sede da CBF, no Rio.
A primeira liberação de pagamento foi autorizada no dia 30 de março. Segundo o borderô da entidade, o dirigente foi autorizado a receber R$ 105 mil. Como presidente da confederação, ele ganhava R$ 98 mil mensais.
A operação foi repetida no final do mês seguinte. Em 30 de abril, a CBF liberou um depósito ainda maior. De acordo com o borderô daquele dia, o cartola recebeu R$ 120 mil. Em maio, a entidade fez nova liberação. A reportagem não conseguiu precisar o valor que foi concedido.
Há mais de três meses, Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF. Ele alegou que precisava cuidar da saúde.
Del Nero é vice
O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, foi eleito vice-presidente da região Sudeste da CBF, com 46 votos. Só o Atlético-MG não participou da reunião.
Por ser o mais velho dos vices, Del Nero, 71, será o substituto de Marin em caso de eventual problema com o atual mandatário.
Marin sucedeu Teixeira graças a Del Nero. Há cerca de quatro anos, o cartola da federação paulista indicou Marin para ocupar uma das vice-presidências.
