Diretoria tricolor cobra futebol de Adílson

O clima ficou tenso no Paraná Clube após a derrota para o Juventude – resultado que pôs fim à invencibilidade do time em jogos em casa neste Brasileirão – e a conseqüente queda para a décima colocação. A diretoria não esconde a preocupação pela visível queda na produção da equipe nos últimos jogos. Após um início de competição animador, o Tricolor já começa a perder contato com os líderes e – o mais preocupante -vê a aproximação de equipes que integram o grupo de baixo da tabela de classificação.

Dirigentes e integrantes da comissão técnica estiveram reunidos ontem pela manhã e as cobranças foram inevitáveis. “Estas reuniões são semanais e só a antecipamos para esta segunda-feira – normalmente os encontros são às terças – porque a semana é ?mais curta? e já estaremos em campo no sábado”, explicou o vice de futebol José Domingos Borges Teixeira. Mas, a diretoria não esconde o descontentamento com a transformação que a equipe sofreu desde a mudança no comando técnico e não é difícil apontar o alvo principal dessas críticas: Adílson Batista.

O Paraná teria perdido, segundo a análise dos dirigentes, “a alegria de jogar”. Esta era, até então, a principal virtude da equipe nos jogos em casa. Tanto que vencera cinco dos seis jogos e com boa margem de gols. Diante do Juventude, além da apatia, o Tricolor exagerou nos passes laterais e não criou variações para vencer a retranca adversária.

O vice assegurou que a saída de Adílson Batista não foi discutida. “Ele está iniciando um trabalho. Se há algum problema na assimilação das novas idéias, devemos encontrar um meio termo”, avisou. O treinador começa a sofrer a pressão por ter assumido um time que vinha bem, vencendo e convencendo. Profissional ao extremo, ele procurou introduzir ao longo das últimas três semanas suas idéias e convicções. Pôs fim nos coletivos e recreativos. Os treinamentos passaram a ser estritamente técnicos e táticos, numa reformulação quase que completa daquilo que vinha sendo realizado até então.

“Ponderamos sobre alguns detalhes que percebemos ao longo deste período e ouvimos a posição do treinador. É uma questão de se buscar um ponto de equilíbrio para que o time reencontre aquele perfil vencedor”, disse José Domingos.

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