A diretoria do Paraná Clube já deu o primeiro passo para garantir a permanência do técnico Caio Júnior por mais uma temporada.
Um dos responsáveis pela campanha linear da equipe neste Brasileiro, o treinador pode seguir o mesmo caminho de Muricy Ramalho e Mano Menezes, que também já renovaram com São Paulo e Grêmio, respectivamente. Com a medida, o clube recupera a filosofia de longevidade para a comissão técnica, o que não ocorria há tempos, quando Paulo Bonamigo comandou o time de março de 2001 a abril de 2002.
?O mais importante é que o Caio nos confirmou sua intenção de permanecer por mais tempo. Confiamos no seu trabalho e agora é uma questão apenas financeira?, comentou o vice de futebol José Domingos. O clube deve apresentar ao técnico, nos próximos dias, uma proposta para a prorrogação de seu contrato, juntamente com os demais integrantes da comissão técnica, Júlio César de Camargo (auxiliar-técnico), Marcos Walczak (preparador físico) e Renato Secco (treinador de goleiros).
Além da renovação com os profissionais, a diretoria também deu início à avaliação do grupo de jogadores para 2007. Ainda sem nenhuma transação engatilhada envolvendo seus principais destaques, o Tricolor tem como primeira meta a avaliação daqueles jogadores cujos contratos se encerram no final do ano. ?Desta vez, essa transição não será traumática, pois a maioria dos nossos atletas tem contratos mais longos?, lembrou José Domingos.
Nove jogadores têm futuro incerto. Mas, destes, apenas quatro são titulares: Gustavo, Peter, Batista e Cristiano.
?Já estamos conversando com esses jogadores, mas só teremos definições após o término do Brasileiro, no dia 3 de dezembro?, confirmou Domingos. O caso aparente mais complicado envolve o zagueiro Gustavo. Só que ele recentemente assinou contrato de dois anos com a L.A. Sports – parceira do clube – e já deixou claro que com o Paraná na Libertadores sua preferência é pela renovação.
As questões de Batista e Cristiano estão sendo conversadas com seus clubes de origem, Adap e J. Malucelli. ?Acredito que se não surgirem propostas vantajosas do exterior, ambos podem renovar com a gente?, disse o vice tricolor. Os outros jogadores cujos vínculos se encerram no mês que vem são Serginho, Edinho, Cuca, Mancera e Marcos Leandro. Outra situação a ser discutida envolve o zagueiro João Paulo, cujo contrato se encerra em janeiro próximo. ?Vamos avaliar cada caso para que já possamos pensar na reposição. Também devemos promover alguns juniores?, finalizou José Domingos.
Paraná nunca venceu no Anacleto
Um tabu surge como obstáculo a ser transposto na sua luta por uma vaga à Libertadores. O Paraná Clube jamais venceu um jogo no Anacleto Campanella. Não que o São Caetano seja uma ?asa negra? na vida do Tricolor. Afinal, foi diante do Azulão que o clube conquistou um de seus mais significativos títulos: o Módulo Amarelo da Copa João Havelange, em 2000. Só que a finalíssima da competição foi realizada no Palestra Itália, em São Paulo.
Paraná x São Caetano só se enfrentaram quatro vezes no ABC Paulista.
E com três vitórias do Azulão e um empate. Números que não abalam jogadores e comissão técnica.
Caio Júnior tem outra preocupação: impedir que o Tricolor se deixe influenciar pelo ambiente do Anacleto Campanella, que quase sempre com arquibancadas vazias, dá ao jogo uma sensação incompatível com a importância deste confronto.
?O Caio já nos alertou para isso. Se o estádio estará vazio, não importa.
É o jogo da nossa vida e temos que entrar ligados, a mil por hora?, disse o atacante Cristiano. Artilheiro da equipe neste Brasileiro, com 11 gols, ele quer melhorar essa marca nas duas rodadas finais, encostando no principal goleador da temporada, Souza (Goiás, 16 gols).
?Isso fica, é claro, em segundo plano. O mais importante é garantir essas duas vitórias e secar o Vasco?, comentou Cristiano.
O Paraná entra em campo, domingo, às 16h, disposto a explorar o desespero do adversário. Virtualmente rebaixado, o São Caetano deve, ao que tudo indica, se lançar à frente com tudo. Com espaços para os contra-ataques, Caio Júnior só não quer ver seu time incorrendo nos mesmos erros da última jornada. Contra o Internacional, a equipe não soube explorar várias situações onde tinha quatro jogadores de ataque contra apenas dois ou três zagueiros.