O Paraná Clube ainda não quitou as dívidas com o elenco, mas ao menos deu um direcionamento à forma como irá solucionar os problemas. Prevaleceu a ideia do presidente Aquilino Romani de encontrar “soluções internas” para o impasse.
O clube terá que se desfazer de percentuais de alguns atletas, mas sem abrir mão dos jogadores. “Estamos negociando com alguns empresários paranistas, que estão nos dando um grande apoio”, confirmou Romani.
A partir dessa diretriz, volta à tona a intenção inicial da diretoria, ou seja, não sai ninguém. Venda de percentuais dos direitos econômicos do ala Gílson e do atacante Marcelo Toscano garantirão o “fôlego” que o clube precisa para colocar salários e direitos de imagem em dia.
Não há uma confirmação oficial, mas o empresário Renato Trombini que já havia participado diretamente da aquisição de Toscano e Luiz Henrique Camargo, no início do ano já teria acertado a compra de mais um percentual do atacante tricolor.
Desta forma, o clube “arquivou” a possibilidade de uma transferência de Marcelo Toscano para o Vitória de Guimarães, de Portugal. “Houve sondagens, mas nenhuma oferta oficial e significativa. Assim, partimos para uma solução caseira, que nos garante a permanência do Toscano. É um jogador importante e que vai ser muito útil nessa caminhada pelo acesso à Primeira Divisão”, comemora o presidente Aquilino Romani. Já a questão envolvendo Gílson será ajustada na próxima semana.
Romani não deu pistas sobre quem seria o “amigo paranista” que estaria comprando percentuais do lateral. “Não é o ideal, mas é o que temos no momento. Precisamos levantar o quanto antes o dinheiro para resolver os problemas com os jogadores”, reconheceu o dirigente.
Com este impasse salarial contornado, o clube aposta em nova sequência de bons resultados, para então reabrir outras fontes de renda. “A Copa nos complicou, pois as negociações para um novo patrocinador da nossa camisa estagnaram. Agora, tudo volta ao normal”, acredita.
A expectativa é de que até o fim do mês um novo parceiro já esteja estampando sua marca na camisa tricolor. Além disso, o clube volta a contar com as arrecadações. Principalmente porque o time terá uma sequência de três jogos em casa, sempre aos sábados à tarde.
“Não há dúvidas que as rendas nesse horário são melhores”, comemora o presidente. O Tricolor obteve êxito na sua solicitação à CBF para que o clássico com o Coritiba fosse programado para o dia 7 de agosto, às 16h10.
Inicialmente, a partida seria no dia 6, à noite. Assim, o torcedor verá seu time frente a Guaratinguetá, Náutico e Coritiba no “horário nobre” da Segundona. “Vamos garantir boas rendas e bons resultados. Assim, toda essa fumaça irá para bem longe da Vila”, arrematou Romani.