Wellington Paulista perdeu o “duelo” com o goleiro Lauro, da Ponte. |
A diretoria define até amanhã o local para a intertemporada a ser realizada entre a 8.ª e a 9.ª rodadas do Campeonato Brasileiro. O objetivo da comissão técnica é aproveitar os doze dias “de folga” na tabela para assegurar o suporte físico e técnico necessário para a maratona que virá pela frente nos meses de julho e agosto. Desta vez, o grupo deve seguir para o interior de Santa Catarina, em um hotel de águas termais.
Representantes da diretoria e da comissão técnica devem ir hoje a Piratuba, observar as instalações e locais para treinamento. “Estamos tentando viabilizar a intertemporada, mas minimizando custos, pois as arrecadações no Brasileiro estão aquém do esperado”, reiterou o vice de futebol José Domingos Borges Teixeira. No jogo do último domingo, somente 3.440 torcedores pagaram ingresso. “E, vínhamos de resultado positivo fora de casa. Assim, fica difícil”, lamentou o dirigente.
Mesmo sem “dinheiro em caixa”, na semana passada, o clube pagou todos os “bichos” atrasados – da vitória sobre o Cruzeiro e do empate com o São Paulo. O incentivo não resultou numa vitória expressiva sobre a Ponte Preta, como esperavam os dirigentes. Porém, não foram feitas restrições ao comportamento da comissão técnica ou do time. Porém, um ou dois jogadores (nomes não foram citados), ainda estão devendo, segundo a diretoria.
Após a intertemporada, o Paraná terá somente três jogos em junho, contra Botafogo, Vasco e Coritiba. Em julho e agosto, porém, o time estará em campo a cada três ou quatro dias, com 15 jogos em seqüência. Para aumentar a carga, no final de agosto, o Tricolor terá ainda o primeiro jogo da Copa Sul-americana, frente ao Santos, em Curitiba. O jogo da volta será no mês seguinte, na Vila Belmiro. (IC)
Finalização, o problema do Paraná Clube
Faltou competência nas finalizações. Esta foi a única restrição da comissão técnica do Paraná Clube após a derrota para a Ponte Preta. O resultado marcou o fim da invencibilidade em casa no Brasileirão. Pela segunda vez na competição o ataque tricolor “passou em branco”, impedindo a ascensão do clube para a ponta da classificação. Não houve surpresa na dinâmica do jogo – onde o adversário armou uma “retranca” -, mas a falta de pontaria dos atacantes comprometeu os planos do técnico Paulo Campos.
Durante toda a semana, o treinador bateu na mesma tecla. “É imprescindível que não desperdicemos oportunidades, pois elas serão escassas”. Campos só errou num ponto: as chances não foram tão raras assim. Principalmente no segundo tempo, onde o Paraná jogou de sua intermediária para a frente. Foram inúmeros escanteios, bolas cruzando a área adversária e muitas faltas à caráter para um toque de habilidade. Talvez tenha residido aí o grande problema do time paranista. Fernando, Cláudio e Chokito não acertaram uma cobrança sequer.
“Em jogos assim, desperdiçar lances de bola parada é fatal”, reconhece o meia Fernando. Para ele, o Paraná não teve a mesma sorte de jornadas anteriores. “Nos jogos passados, marcamos gols em momentos cruciais. Isso trouxe tranqüilidade ao time”, comentou. Paulo Campos confessou que sentiu o time muito ansioso em campo, num reflexo da busca pela manutenção dos 100% de aproveitamento em casa. “Para a Ponte Preta, o resultado caiu do céu. Principalmente pelo nosso segundo tempo, quando atuamos com três atacantes e mesmo expostos não corremos riscos”, ressaltou Campos.
A estratégia “suicida”, na visão do próprio treinador, só não obteve êxito devido aos erros de finalização e a boa dose de sorte do goleiro Lauro. No duelo com Wellington Paulista, ele levou a melhor. “Isso já ocorreu no Paulista, quando eu estava no Juventus e o Lauro fechou o gol”, recordou Wellington. O atacante ainda persegue o primeiro gol com a camisa tricolor e admite que essa marca negativa – três jogos sem balançar as redes – incomoda. “Ao menos, o torcedor viu que não faltou aplicação. Conseguimos encurralar o adversário e não fizemos gol. Faz parte do futebol e o jeito é recuperar estes pontos fora, já contra o Guarani”, disse o lateral-esquerdo Edinho, um dos destaques do time.