Roberto de Andrade deixa a presidência do Corinthians no dia 3 de fevereiro, mas antes de passar o comando para seu sucessor, pretende acertar a premiação pelo título do Campeonato Brasileiro de 2017, única dívida ainda pendente com os jogadores. A promessa do dirigente é que tudo estará acertado até o fim do mês, praticamente quando se encerra o seu mandato.
A CBF pagou R$ 18 milhões pelo título. Dessa quantia, o clube destinou 60% para os atletas, totalizando R$ 10,8 milhões, que serão distribuídos de acordo com o número de jogos feitos na competição. A entidade já pagou o Corinthians, mas o clube usou o valor para quitar dívidas mais emergenciais, pois aguardava o recebimento de outros recursos, que demoraram um pouco mais do que o esperado para cair na conta.
Inicialmente, a diretoria havia prometido pagar os jogadores até o dia 15 de janeiro, mas não teve êxito e prometeu que até o fim do mês acertará a pendência. O clube recebeu recentemente novos recursos, entre eles parte da transferência de Jô para o Nagoya Grampus, do Japão, que o comprou por cerca de R$ 32 milhões.
Nos bastidores, há quem veja o pagamento próximo da eleição apenas como uma coincidência, já que não havia como o clube conseguir o valor antes. Mas também há uma corrente que defende a ideia de que a data tem um viés político, pois mostra comprometimento da diretoria com as finanças e com o grupo de jogadores.
Apesar do acerto financeiro com os atletas, a situação financeira do Corinthians está longe de ser ideal. O novo presidente pegará um clube com dificuldades para honrar seus compromissos e que ainda busca reforços, principalmente para o ataque, sem gastar muito. Este, inclusive, foi o motivo de Henrique Dourado não ter sido contratado ainda. A diretoria atual decidiu deixar para que a nova gestão busque um atacante.