Lucimar do Carmo |
Marcel é um dos nomes. |
Na última semana para inscrever jogadores no Campeonato Brasileiro, o Atlético corre atrás de uma contratação de ?peso?. O técnico Antônio Lopes já deu a dica de que se trata de um atacante e que está fora do País, o que gerou uma série de especulações. Nomes como Élber (Borissia Mönchengladbach/ALE), Marcel (Acadêmica de Coimbra/POR) e Cláudio Pitbull (Al-Itthad/ASA) pintaram como o provável reforço. A diretoria, por enquanto, não confirma nada e deve apresentar hoje o meia Juliano.
A dois pontos da zona do rebaixamento, os reforços continuam na pauta dos dirigentes e do treinador rubro-negro. Devido aos últimos resultados, ao excesso de jogadores no departamento médico (Dagoberto, Aloísio, Lima, Adriano, Durval, Ivan, Ricardinho, Fabrício e Alan Bahia estão no estaleiro) e sem a perspectiva de se encontrar soluções no atual elenco, pelo menos mais um jogador deve chegar a tempo de jogar o Nacional.
Um centroavante de referência parece ser a necessidade do clube. Nesse caso se encaixam Élber e Marcel, ambos em dificuldades em seus clubes na Europa. No entanto, a velocidade e a inteligência de Pittbull pode ser uma alternativa mais viável. A maior dificuldade, no entanto, de algum deles vir é o teto salarial imposto pelo clube. Todos eles estão acima do que a diretoria está disposta a bancar.
Por enquanto, somente o meia Juliano, que veio do Paulista, já está treinando no CT do Caju e deve ser apresentado hoje. Caso seja registrado até amanhã na CBF, poderá fazer a estréia na partida contra o Botafogo. Na mesma situação está o lateral-esquerdo Moreno.
Enquanto isso, o Delegado vai montando a equipe para pegar os cariocas. A tendência é que o zagueiro Paulo André e o meia Ferreira, após suspensão automática, voltem à equipe. O restante do time deverá ser o mesmo, mas a confirmação sai somente amanhã. Já os reservas e aqueles atletas pouco aproveitados fazem um jogo-treino contra o Juventus, de Jaraguá do Sul, às 10h no CT.
Alívio. Dênis está de volta
Foram praticamente cinco meses até que o atacante Dênis Marques sentisse o gostinho de marcar um novo gol. Não ajudou muito, é verdade, mas o fato do artilheiro ter desencantado contra o Internacional após um ?longo e tenebroso inverno? pode representar o impulso que o Atlético precisava para deixar de rondar a zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. De qualquer forma, ele avisa que ainda tem muito para melhorar e não vê perigo na atual situação do Rubro-Negro na competição.
Descontraído e em alto astral como sempre, o alagoano foi logo cercado pela imprensa na chegada ao treino regenerativo de ontem. A primeira pergunta disparada não poderia ser outra: se ele lembrava da última vez que havia marcado um gol. ?Lembro sim, foi contra o Libertad, pela Libertadores ainda. Faz bastante tempo?, brincou. E faz mesmo. A partida no estádio Defensores del Chaco aconteceu no dia 20 de abril.
Depois disso, ele não pôde mais atuar devido a suspensão imposta pela Fifa. Foram quatro meses só treinando no CT do Caju e a volta em agosto com alguns jogos para readquirir a melhor forma. ?Fiquei bastante tempo sem marcar, consegui fazer o gol, mas o mais importante é o time que está começando a jogar bem e só vai ter melhoras agora?, projetou.
Se depender dele, a tendência é a torcida esperar aquele mesmo atacante que desequilibrava no ano passado. Pelo menos no estilo, o gol marcado contra o Colorado dá mostra que o velho e bom Dênis Marques está de volta. ?Não vou te falar que eu me recuperei. Mas, estou bem melhor sim, comparado aos meus primeiros jogos como titular?, comparou.
Segundo ele, os quatro meses afastado foi como se tivesse parado. ?Estou voltando agora e estou voltando à melhor forma. Estou pegando ritmo de jogo e agora é só melhoras?, prometeu. Inclusive para a equipe no Brasileirão. ?Todos os jogos serão como se a gente estivesse disputando o título. Tanto em casa como fora, mas principalmente em casa?, diz o artilheiro.
No ano, Dênis Marques já atuou 23 vezes vestindo a camisa rubro-negra. Foram 20 partidas como titular e apenas três entrando ao longo do jogo. O artilheiro balançou as redes sete vezes, o que dá uma média de 0,3 gol por partida.
Treze anos torcendo pelo Furacão
A torcida Ultras do Atlético completa 13 anos ensaiando uma aproximação com a diretoria rubro-negra. O grupo, fundado em 18 de setembro de 1992, promete inovar no ano que vem com a compra massiva de pacotes de ingressos – um dos carros-chefes do marketing atleticano.
A torcida antecipa que deve adquirir 300 pacotes anuais em 2006. O total será revendido, com desconto para associados. ?Entendemos a posição do clube e sabemos que só com recursos o Atlético pode evoluir. Em cinco anos, pretendemos comprar todos os pacotes da Rua Buenos Aires?, sonha Marcelo ?Rato? Lopes, presidente da Associação Independente Ultras do Atlético -figura jurídica criada para representar a torcida.
Rato acredita que a interação time-torcida provou-se fundamental na ótima campanha rubro-negra na Copa Libertadores. ?O Atlético só foi à frente quando a diretoria se entendeu com a massa, a partir do jogo contra o Cerro Porteño. Pagaremos, mas vamos exigir a contrapartida em forma de vitórias e títulos?, afirmou.
Rato revela que ainda há uma ?ranço? de intriga no relacionamento com a Fanáticos – maior organizada do Atlético. Em 2000, membros dos dois grupos lutaram nas arquibancadas da Arena durante um jogo contra o Guarani. Depois do episódio a Ultras chegou a ser extinta por um breve período. ?É mais da parte deles. Mas hoje nos damos bem?, garante.
A torcida, que é comandada na prática, por Gabriel Barbosa, o ?Garga?, tem hoje 500 sócios e mantém um programa na Rádio Capital, que vai ao ar todo sábado entre as 11h e 12h, e o site ultrasdoatletico.com.