A expectativa da diretoria atleticana é que o conselho não coloque obstáculos para a oneração dos bens do clube, em troca do financiamento de R$ 123 milhões para obras na Arena da Baixada. De acordo com o 1.º vice-presidente do conselho deliberativo, e integrante da CAP S/A, José Cid Campêlo Filho, não há outra alternativa que não empenhar os bens do Furacão. “Não acredito que tenha dificuldades. Claro que para um empréstimo você precisa dar alguma coisa de garantia. Vamos dar, porque quando não tem todo dinheiro tem que ter algum bem”, explicou Cid.
Segundo o dirigente, esta situação é normal e não deve ser encarada como surpresa por ninguém, levando-se em consideração que é uma situação corriqueira em transações financeiras. “É a coisa mais normal. Se uma pessoa física precisar de dinheiro emprestado, o banco vai pedir alguma coisa em troca. Se alguém achou que não seria dado, entendeu mal. Esse é o sistema financeiro”, disse o vice-presidente.
Cid Campêlo acredita que em até um mês o Atlético já terá a liberação do financiamento feito junto ao BNDES. Por enquanto, segundo ele, o clube vai se virando como pode, até que tenha a primeira parcela em mãos. Para ele, o fato de parte da atual Arena da Baixada ser integrada ao projeto final deixa o clube em vantagem quanto ao tempo estipulado para entrega. “Tudo demora. Acredito que mais que um mês, no máximo, a coisa está resolvida. Estamos tocando de uma forma ou de outra. Não é obra no estádio inteiro. Pelo menos 50% dela está pronta”, justificou.