Campeão francês com o Paris Saint-Germain, o diretor esportivo Leonardo sofreu uma dura punição nesta quinta-feira, quando foi julgado por ter empurrado um árbitro no começo do mês. O dirigente, principal responsável pela montagem da equipe, foi suspenso por nove meses e só poderá voltar a trabalhar na segunda metade da próxima temporada.
A punição ao brasileiro foi por conta de um empurrão no árbitro Alexandre Castro ao fim da partida entre PSG e Valenciennes, no domingo dia 5 de maio, em rodada do Campeonato Francês. Ele já estava suspenso provisoriamente pela comissão disciplinar da Liga Francesa.
Nesta quinta, o comitê se reuniu novamente e deliberou sobre o caso, com o presidente Pascal Garibian dando o veredicto sobre o caso. Em sua defesa, Leonardo disse que o delegado do jogo o empurrou para cima de Castro, enquanto as imagens captadas por uma rede de televisão mostram claramente que ele parou deliberadamente o árbitro principal da partida, no túnel que levava aos vestiários.
O dirigente estava insatisfeito com a arbitragem durante a partida. Alexandre Castro expulsou o zagueiro brasileiro Thiago Silva ainda no primeiro tempo da partida, causando a ira de Leonardo, que precisou ser contido pelo presidente do PSG, Nasser Al-Khelaifi, ainda nos túneis.
A suspensão, que impede Leonardo de executar suas funções, atrapalha o futuro do brasileiro no PSG. Diante da possibilidade de Carlo Ancelotti substituir José Mourinho no Real Madrid, era o ex-jogador de PSG, Milan e São Paulo um dos mais cotados para assumir a função de treinador no campeão francês. Agora, sem poder trabalhar, deve ficar sem o cargo. Leonardo, porém, ainda pode recorrer da decisão.
Esta é a segunda grande polêmica que mancha a carreira de Leonardo. Quando jogador, sua passagem pela seleção brasileira ficou marcada por uma cotovelada sem propósito no norte-americano Tab Ramos, durante a Copa do Mundo de 1994. O brasileiro foi excluído da competição e o rival teve que passar por longo tratamento para se recuperar do trauma na cabeça.