Depois de anos vendo o clube se reforçar com grandes nomes, como Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano e Alexandre Pato, o torcedor do Corinthians está sendo obrigado a se acostumar a uma realidade diferente neste início de temporada. Com pouco dinheiro disponível para reforços, apenas nomes de menor expressão foram trazidos – o lateral Uendel está confirmado, enquanto Fagner e Bruno Henrique devem ser anunciados em breve.
Mesmo com esse novo momento, a diretoria descarta qualquer tipo de dificuldade financeira. “O Corinthians não está em situação difícil. Sempre há a administração de recursos. Nosso balanço deste ano é conservador até pelo nosso histórico, de sempre sermos conservadores. No passado recente, pode ter sido diferente por conta de outros recursos, como luvas de renovação das cotas do Brasileirão e com a Nike, que foram impactantes”, disse o diretor econômico do clube, Raul Corrêa da Silva, em entrevista à ESPN Brasil.
O dirigente destacou que o padrão adotado pelo clube em 2014 tem valores diferentes aos de outros anos, mas segue os mesmos moldes utilizados desde 2007, quando ele chegou ao clube. Raul ainda admitiu que o Corinthians tem algumas pendências que precisam ser resolvidas, mas garantiu que elas não são motivo de preocupação.
“Não tem sido diferente de quando assumimos o Corinthians. Nossa estratégia é administrar o dia a dia. Você precisa enfrentar a sua dívida e trabalhar a sua receita. O Corinthians nunca atrasou um dia de salário desde 2007, quando assumimos. Pequenas pendências, dentro do contexto futebolístico, não são nada de preocupante”, apontou.
Raul Corrêa da Silva ainda ressaltou que o clube segue as tendências atuais do futebol e da economia brasileira. Para ele, “o momento é de conservadorismo”. “O Corinthians não tem um momento específico de investimento. Estamos sempre investindo no nosso elenco, desde 2007 temos uma comissão técnica fixa. No ano passado, investimos pesado. Esse ano, temos um elenco consolidado e forte. Temos de entender o momento do futebol atual, que é de mudança. O momento é de conservadorismo.”