Direto do Japão

Para inglês ver

A vitória do São Paulo na decisão do Mundial de Clubes da Fifa representou um alívio para os jornalistas latino-americanos baseados em Tóquio, que não já não aguentavam os colegas da imprensa inglesa. Juntamente com os jornalistas japoneses davam como certo o título para o Liverpool – do atacante Steven Gerrad (fotos) e não economizavam tinta para descrever a superioridade da equipe inglesa. Ainda bem que surgiu a mão mágica de Paulo Autuori, técnico do tricolor paulista, que armou o São Paulo especialmente para enfrentar o time da Inglaterra. Pessoas ligadas ao próprio São Paulo que acompanhavam os treinos no Japão diziam comedidamente que alguns jogadores da equipe paulista eram limitados.

Mundial da Fifa não convence torcida japonesa

O novo formato do Mundial de Clubes da Fifa Copa Toyota 2005 não agradou aos fãs do futebol no Japão. Aliás, o torneio vem em decadência perante o público desde que o local da decisão mudou de Tóquio para Yokohama, em 2002, para compensar o investimento de meio bilhão de dólares (R$ 1,26 bilhões) no campo que recebeu a final da Copa do Mundo da Ásia. A decisão, quando acontecia no Estádio Nacional de Tóquio, quase sempre à tarde de um domingo, era garantia de casa cheia. Agora, com a final em Yokohama, onde o Estádio Internacional é localizado no meio do nada, a cerca de duas horas de trem da capital, são poucos os que se arriscam a sair de casa para assistir a uma partida de futebol que acontece à noite e sob o intenso frio do inverno japonês.

Blatter quer estádio coberto

O Mundial foi marcado, principalmente, pelos estádios vazios. Somente a decisão entre o São Paulo e o Liverpool conseguiu atrair um público razoável de 66,8 mil espectadores. Mesmo assim os cartolas da Associação de Futebol do Japão insistem em classificar a competição, que pela primeira vez contou com a participação de representantes das Américas do Norte e Central e do Caribe, da África, da Ásia e da Oceania, como um grande sucesso. Mas o êxito foi colocado em dúvida até mesmo pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que pediu que os jogos da próxima edição do Mundial, marcados também para o Japão, sejam realizados em estádios cobertos, sem o castigo da baixa temperatura. O problema é que o único campo que atende a esta especificação fica no norte, na ilha de Hokkaido, lugar mais frio do Japão, onde as equipes não conseguirão nem treinar.

Festa tricolor em Curitiba

O paranaense Carlinhos Neves, preparador físico do São Paulo, comemora o título de campeão mundial no bar Folha Seca, próximo ao estádio do Atlético, no dia 26 de dezembro. Depois de celebrar a conquista do mundial em Curitiba, o preparador parte para um repouso merecido em Florianópolis. Neves (foto, em que está ao lado do goleiro Rogério Ceni) classificou o ano de 2005 como excepcional, com os títulos de campeão paulista, da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes da Fifa. A preparação do São Paulo no Japão foi perfeita, planejada para que os jogadores atingissem a potência máxima às 7h20 da noite, horário do jogo na Ásia. O jantar, por exemplo, era servido somente por volta da meia-noite.

Virada de ano brasileira em Tóquio

Um curitibano concentrará as atenções do mundo esportivo japonês durante a última semana do ano. O paranaense Vanderlei Silva (Academia Chute Box) luta para manter o título de campeão mundial do peso médio do vale-tudo, no Pride Shockwave 2005, na Super Arena Saitama, perto de Tóquio, no dia 31 de dezembro. O confronto de Vanderlei contra o carioca Ricardo Arona (Brazilian Top Team), é a principal atração da televisão japonesa na última noite do ano. A vitória é fundamental para os dois brasileiros. Vanderlei que perdeu a última luta para Ricardo, em agosto, tenta se reafirmar na categoria. Ricardo Arona tem a chance de se transformar no novo astro da modalidade. É a hora da revanche!

São Paulo insiste em ter Aloísio

Depois da importante participação na conquista do Mundial de Clubes pelo São Paulo, o atacante Aloísio dificilmente volta ao Atlético. O jogador deixou claro nas entrelinhas que prefere ficar no São Paulo. O vice-presidente de futebol do time paulista, Juvenal Juvêncio, confirmou logo depois da vitória sobre o Liverpool que o atacante ficaria no Morumbi. Segundo o cartola, a diferença entre o que o Aloísio pede e o que o São Paulo oferece é muito pouca. Juvenal diz que o atacante tem muita gordura para queimar principalmente com o prêmio da conquista do mundial. Na foto Aloísio ao lado do atacante Amoroso.

Na Oceania é bem mais fácil

Os fundos de investimentos que atuam no futebol com o objetivo de lavar dinheiro de origem duvidosa podem encontrar a solução para os seus problemas no novo formato do Mundial de Clubes da Fifa. É possível buscar refúgio em algum campeonato nacional na Oceania onde é barato conquistar uma vaga para o torneio do Japão. O Sydney FC, por exemplo, existe há pouco mais de um ano no papel, contratou veteranos para montar uma equipe três meses antes do Mundial e conquistou o 5º lugar com uma milagrosa vitória sobre o Al Alhy do Egito por 2 a 1. O destaque do Sydney é Dwight Yorke, ex-atacante do Manchester United da Inglaterra, que atuou como volante.

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