A chance de a seleção brasileira ter um técnico estrangeiro no lugar de Luiz Felipe Scolari é zero. José Maria Marin, ainda presidente da CBF, e seu sucessor já eleito, Marco Polo Del Nero, rejeitam todas as tentativas ou pressões para trazer um treinador de outro país. Nem mesmo nomes badalados como o português José Mourinho e o espanhol Pep Guardiola animam a dupla de dirigentes.
Marin, um nacionalista de carteirinha, jamais admitiu contratar um técnico que não fosse um brasileiro. Quando demitiu Mano Menezes em novembro de 2012, com a aprovação de Del Nero, o presidente da CBF recebeu algumas sondagens da possibilidade de trazer um treinador europeu. Alguns setores da mídia fizeram lobby por Guardiola e receberam um rotundo “não” do dirigente.
Com a saída de Luiz Felipe Scolari após a Copa do Mundo, os apelos por um técnico de fora do Brasil crescem. Marin e Del Nero ainda não se manifestaram a respeito do futuro de Felipão, mas já sinalizam que o sucessor deve mesmo ser um brasileiro.
Marin promete aparecer na tarde desta quinta-feira na Granja Comary para conversar com os jogadores e com Felipão e sua comissão técnica. A CBF, porém, ainda não confirmou um possível pronunciamento do dirigente. Marin, segundo Felipão, deu todo apoio ao treinador e aos atletas ainda nos vestiários do Mineirão após a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na última terça, e ficou nisso.
Enquetes em sites na internet e redes sociais e até levantamentos de institutos de pesquisas, que indicam a aceitação do torcedor por um estrangeiro na seleção brasileira, não empolgam Marin e muito menos Del Nero, que vai assumir o comando da CBF em abril de 2015.
Fontes do futebol paulista garantem que o acordo da CBF com Tite está selado. Ele seria uma sugestão de Del Nero, entusiasmado que ficou com o recente trabalho do treinador no Corinthians. Marin também tem simpatias por Muricy Ramalho, por causa da sua forte ligação com o São Paulo. Não está descartada, porém, uma terceira via.
Se Tite for mesmo confirmado, a CBF vai dar à escola gaúcha mais uma chance de comandar a seleção. Tem sido assim desde 2006, quando Dunga assumiu o time no lugar de Carlos Alberto Parreira. Depois, foi a vez de Mano Menezes ficar no cargo de 2010 a 2012. E, por fim, veio Felipão.