Dinelson é a novidade na altitude boliviana

Com dois meias ofensivos, o Paraná Clube resgata o esquema de jogo utilizado em sua estréia na Libertadores. Contra o Real Potosí, o técnico Zetti repete a formatação tática utilizada em Calama, contra o Cobreloa. Mesmo esquema, mas com algumas trocas. A principal novidade fica por conta da presença de Dinelson. Recuperado de lesão no tornozelo, o ?baixinho? volta ao time, que ganha assim maior dinâmica no setor ofensivo. O Tricolor vai trocar presença de área por velocidade.

Em relação ao jogo da primeira fase, as mudanças são apenas na defesa, que terá, agora, Toninho e João Paulo, em vagas anteriormente ocupadas por Neguete (que agora ficará no banco) e Aderaldo (que já deixou o clube). A outra variação ocorre na ala-direta, com a improvisação de Goiano. Assim, Xaves entra no meio-de-campo. ?É jogo para a gente se fechar, explorar os erros do adversário, que certamente virá para cima da gente?, lembrou Daniel Marques, o único remanescente da zaga.

Nas recentes atuações do Paraná, pelo Estadual, o técnico Zetti procurou ajustar o sistema 3-5-2, que será aplicado na Bolívia. Essa opção se deve à necessidade de aumentar a estatura do setor defensivo, como forma de anular as jogadas aéreas do adversário. Com o crescimento técnico de Toninho, agora totalmente adaptado ao grupo, o treinador decidiu abrir mão de um atacante. Uma situação justificável diante da ausência de Josiel, ainda entregue ao departamento médico.

Com isso, caberá à dupla Dinelson e Henrique a marcação dos gols que possam definir a classificação do Tricolor às oitavas-de-final da Libertadores. Fora das quatro vitórias da equipe no Estadual, Dinelson reaparece após vinte dias em tratamento. ?Não via a hora de jogar. Agora, já consigo dar piques e bater na bola à vontade. Estou 100%?, disse o meia. O jogador já teve experiência negativa na altitude, jogando pelo Corinthians.

?Foi na Sul-Americana. Frente ao Pumas, levamos 3×0 na Cidade do México.

Não é fácil. Você fica lento, não consegue respirar direito?, comentou o jogador. Dinelson não entra em campo desde a partida do Maracanã, diante do Flamengo. Naquele jogo, o meia não estava em sua melhor forma. ?Ainda sentia dores no tornozelo. Mas sabia da minha importância. Agora, estou voltando com confiança total. Se o ritmo de jogo não é ideal, a gente compensa com a vontade?, finalizou Dinelson.

Goiano improvisado na ala

?Quero ajudar?. O volante Goiano jogará fora de sua posição na Bolívia. Mais uma vez, ocupará a ala-direita, setor que passou a ser uma preocupação para o técnico Zetti. Com André Luiz lesionado e Alex sem ritmo de jogo, a improvisação passou a ser a alternativa mais viável. Até porque, Parral, Araújo e Léo Matos, os outros alas do grupo, não estão inscritos na Libertadores da América. ?Não importa em que posição, o importante é estar jogando?, resumiu Goiano.

Desde a chegada de Zetti, Goiano vem disputando posição com Xaves no meio-de-campo. Esse rodízio é encarado com naturalidade pelo jogador. ?É claro que trabalho para ser titular. Mas sei que o grupo é competitivo. É ralar e esperar a decisão do treinador?, comentou Goiano. ?Essas mudanças estão dando certo. O time está vencendo e é o mais importante?. Goiano volta a jogar como ala nesta terça-feira, função que não exerce desde julho do ano passado, no clássico frente ao Atlético, pelo Brasileirão.

O polivalente Goiano não teme a altitude de Potosí, mesmo sendo esse fator um dos que mais despertam comentários nos bastidores do Paraná Clube. ?Joguei em Calama e nada senti. A bola fica mais rápida, mas não tive dificuldades na questão física, nem falta de ar. Mas, em Potosí o problema é maior?, disse Goiano. No jogo do primeiro turno, em Curitiba, o Tricolor venceu com relativa facilidade, mas marcando gols apenas no segundo tempo.

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