Depois de ver o Vasco ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro dentro de campo com uma derrota por 5 a 1 para o Atlético-PR, domingo, na Arena Joinville, que foi palco de episódios lamentáveis de violência entre torcedores dos dois times nas arquibancadas, o presidente vascaíno Roberto Dinamite resolveu romper o silêncio dos últimos dias nesta quinta-feira. E, por meio de um vídeo publicado no site oficial do clube, prometeu que “lutará até o fim” para conquistar os pontos deste confronto da rodada final do Brasileirão no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

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O Vasco pretende impugnar a validade deste confronto, alegando que o mesmo não poderia ter sido realizado por falta de condições de segurança no estádio catarinense. O clube também tentará obter os três pontos em jogo neste duelo com a tese de que o jogo não poderia ter sido reiniciado após ficar paralisado por mais de 70 minutos, para atendimento de torcedores feridos e restabelecimento da ordem no local, sendo que o Regulamento Geral de Competições da CBF determina um máximo de uma hora de pausa.

O departamento jurídico do Vasco vai tentar provar, no STJD, que o Atlético-PR, mandante da partida, era responsável pela segurança, conforme destacou Dinamite nesta quinta. “Torcedores vascaínos, quero neste momento me dirigir a todos vocês, me colocando junto com a indignação de tudo que aconteceu na Arena Joinville. Mudanças que aconteceram no que diz respeito à segurança, à garantia do nosso torcedor e do espetáculo em si. Tudo isso culminou com o que vimos e vivemos dentro do estádio. Cenas lamentáveis e uma reação inicial da torcida do Atlético-PR no que diz respeito para ir para o local onde estava a torcida do Vasco”, disse o dirigente, no início do seu pronunciamento aos torcedores.

Dinamite, em seguida, critica o fato de o jogo ter ocorrido sem a presença da Polícia Militar, apenas com seguranças contratados pelo Atlético-PR. “Um ponto principal é a segurança daquela partida. Acho, e continuo a pensar dessa forma, que a Polícia Militar deveria estar ali fazendo a divisão das torcidas para que tudo pudesse transcorrer de uma forma tranquila. Essa decisão, tomada pelo Ministério Público, ou pela Polícia Militar, ou pela direção do Atlético-PR, é lamentável”, completou.

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O presidente do Vasco admitiu que torcedores do clube carioca também praticaram atos de violência nas arquibancadas da Arena Joinville, mas ele fez questão de enfatizar que eles ficaram “acuados dentro em um espaço menor em um primeiro momento e aí tiveram uma reação de defesa”. “Sou contra a violência, não aceito a violência e não admito a violência, mas, mais do que nunca, esse jogo não deveria ter iniciado em razão de não termos segurança ou o policiamento adequado para a importância da partida”, reclamou.

Por tudo isso, Dinamite acredita que o Vasco merece reaver os pontos perdidos em campo no “tapetão”, o que poderia salvar o clube do rebaixamento se conseguir ter êxito no STJD. “O que o Vasco busca, acima de tudo, são reparos em relação aquilo que consideramos de suma importância para que o jogo tenha plena condição e segurança de ser realizado”, afirmou, para mais tarde completar o seu pronunciamento: “Vamos lutar até o fim pelo nosso direito. Acho fundamental que o torcedor do Vasco tenha consciência de que a diretoria vê assim. É isso que eu tenho para falar. Estamos tristes e vamos lutar até o final para que esse reparo possa estar acontecendo e, com isso, o Vasco vai lutar pelos três pontos, já que entendemos que foi tirada a tranquilidade e o equilíbrio para lutar pelo resultado que interessava”.

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