Em meio ao atraso das obras dos estádios e a desconfiança na capacidade da seleção brasileira de futebol, a presidente Dilma Rousseff nomeou Pelé o embaixador honorário do Brasil para a Copa do Mundo de 2014. Ela recebeu o ex-atleta no gabinete do terceiro andar do Palácio do Planalto, neste terça, para formalizar a homenagem, classificada como uma “jogada de marketing” por assessores.
Numa entrevista após o encontro, Pelé pediu um voto de confiança dos brasileiros na organização do torneio. “Eu não poderia deixar de aceitar esse convite. O que gostaria de pedir é que o povo brasileiro acreditasse”, afirmou.
Pelé não escondeu que recebeu com naturalidade a nova tarefa. Ele observou que trabalha na “promoção” do País desde que venceu a Copa de 1958. “Como brasileiro, faço isso desde que nasci, desde a Copa da Suécia”, disse. Ele ressaltou que o programa de organização do torneio no Brasil “estava confuso” e com “alguns problemas”. “A presidente disse que está fazendo todo o esforço para que a gente entregue bem essa Copa do Mundo”, afirmou.
A uma pergunta sobre se não teme uma nova final no Maracanã entre Brasil e Uruguai, Pelé respondeu: “Não temo, pelo contrário. Acho que deveria ter essa revanche para a gente ganhar”.
O ministro do Esporte, Orlando Silva, ressaltou que o título concedido a Pelé é apenas honorário. O “embaixador” será um interlocutor especial, mas não terá responsabilidades executivas. “A presidente avaliou que Pelé seria a melhor face da Copa de 2014”, disse.