Difícil escolher apenas um dos campeões

Flávio, Émerson ou Beto? Não é fácil a missão de escolher apenas um destaque do Paraná Clube, campeão estadual da temporada 2006. Talvez pelo simples fato de que as funções do trio estão intimamente ligadas e a perfeita sincronia do mecanismo é que determinou a ótima condição defensiva do Tricolor, que sofreu apenas 16 gols em 20 jogos disputados. Enquanto um organizava o meio-de-campo, o outro dava as cartas na defesa e, se mesmo assim a bola chegasse na área, a missão final ficava com o Pantera.

Pode até parecer curioso, mas num mercado que valoriza sobremaneira gols e artilheiros, o ?paredão tricolor? fez a diferença.  Por sua experiência e liderança, o trio detém também os maiores salários de uma folha enxuta e compatível com o orçamento do clube. Sem extravagâncias financeiras, o Paraná deixou para trás equipes, na teoria, com maior poder de fogo. Fechou com sobras uma campanha coroada de êxitos e com apenas duas derrotas, ainda na fase de classificação.

?O nosso segredo foi o planejamento. A diretoria armou um grupo competitivo e nos deu sustentação?, lembrou o goleiro Flávio, empolgado com o seu primeiro título após quase quatro anos de clube. ?Estou otimista com a forma como as coisas estão sendo conduzidas aqui. Reforços já estão chegando, mostrando que a diretoria tem ambições para o Brasileiro. E isso é ótimo. Eu também quero estar sempre vencendo, atingindo objetivos?, comentou o goleirão. ?O ano começou bem e vamos manter esse embalo.?

Para o zagueiro Émerson, o título coroa a sua volta à Vila Capanema. ?O ano está sendo muito bom para mim. Senti que essa volta seria marcada por conquistas e esse foi o primeiro passo?, disse o xerife, que já pensa em fixar residência em Curitiba. Só admitiria uma saída para o exterior – visando maior retorno financeiro – mas, mesmo aos 31 anos, já planeja encerrar carreira jogando pelo Paraná. ?Não sei quando. Pode até não demorar?, disse Émerson.

Já o capitão Beto não esconde a felicidade com o seu melhor momento no clube. Contratado em 2004, ele vai para o terceiro Brasileiro com a camisa paranista, desta vez embalado por um título. ?Agora, vão nos respeitar mais. Em anos anteriores, éramos vistos como favoritos ao rebaixamento. Creio que o Paraná vive um momento de evolução e não podemos deixar esse ritmo cair?, comentou o volante, que renovou recentemente contrato até 2007. ?Mesmo com as dificuldades no início da temporada, sempre acreditei nesse grupo e o título está aí.?

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