Diego Hypolito nega aposentadoria após Olimpíada de 2016

Único remanescente da seleção brasileira que disputou a final da Copa do Mundo de Ginástica Artística em São Paulo há nove anos, Diego Hypolito voltou ao Ginásio do Ibirapuera nesta sexta-feira em busca de medalhas. Aos 28 anos, o veterano nega os rumores de que abandonará o esporte depois da Olimpíada do Rio, em 2016, e já até sonha com os Jogos de Tóquio, em 2020.

“Eu vou ficar mais dois ciclos olímpicos. Depois da Olimpíada do Rio de Janeiro, a primeira coisa que vou fazer é alinhar meu corpo, melhorar todas as minhas lesões para depois partir para o próximo ciclo, mas não vou sair da ginástica depois do Rio de Janeiro como todo mundo está achando”, garante.

Hypolito não exibiu a sua melhor performance na abertura da etapa, mas avançou à final do salto com a sexta melhor média – 14.375. A biga pela medalha ocorrerá no sábado, a partir das 14h. Segundo ele, o plano era fazer saltos de nível mais fácil do que de costume ainda que tenha sentido muitas dores nas costas nesta sexta-feira. O incômodo já o acompanha desde o fim do ano passado e tem ficado ainda mais intenso diante da forte carga de treinos.

Preocupado com seu desempenho nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (Canadá), em julho, e no Mundial de Glasgow (Escócia), em outubro, Diego pretende planejar seus próximos passos. “Preciso conversar com a comissão técnica para eu ser um pouco poupado porque venho a cada semana tendo de fazer treinos mais fortes. Não venho sentindo que meu corpo está reagindo da maneira como eu quero”, avalia. Ainda assim, minimiza o problema: “Não é um drama, é uma dor que convivo já há alguns anos.”

SEM FESTA – A torcida fez barulho no Ginásio do Ibirapuera, mas o calor dos brasileiros não chegou até Diego Hypolito. Ele foi o quarto ginasta a se apresentar no salto – a prova teve início às 9h15 – e poucos torcedores haviam conseguido chegar ao seu lugar na arquibancada. Os espectadores tiveram dificuldade na hora de retirar os bilhetes e levaram mais de meia hora para se acomodar.

“O portão não tinha sido aberto quando comecei a competir, a torcida nem estava no ginásio. Ajudou as meninas que competiram depois quando começou a ficar cheio. O pessoal caloroso ajuda a motivar. Na hora que competi, infelizmente, não tinha ninguém presente”, lamentou o ginasta, que depois de se apresentar subiu às arquibancadas, onde tirou dezenas de fotos com fãs.

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