O inédito quinto lugar na final do Mundial de Ginástica Olímpica por Aparelhos, de Debrecen, na Hungria, no domingo, fez com que Diego Hypólito passasse a ser reverenciado como o principal atleta da categoria no Brasil e não mais visto somente como o irmão de Daniele Hypólito. Ele desembarcou, ontem, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, comemorando o feito e já fazendo planos para o futuro: uma medalha olímpica nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004.
“Estou nas nuvens e, para ser sincero, ao sair do Brasil para o Mundial, não esperava nem a classificação à semifinal. Mas, depois de ter garantido a vaga entre os 16 melhores do mundo, senti que podia ir mais longe”, festejou Diego, que tem 16 anos, 65 quilos e 1,67m de altura. “Participar de uma Olimpíada já é um sonho. E nunca é cedo para você pensar em uma medalha e, agora, mais do que nunca, já que minha responsabilidade aumentou.” Apesar de o sonho olímpico parecer próximo, Hypólito sabe que o desafio será grande, afinal, o Brasil precisará participar de uma eliminatória onde 40 países estarão competindo por uma vaga. Destes, somente 18 estarão em Atenas.
O técnico de Hypólito, Renato Alves de Araújo, optou pela prudência com relação a uma medalha em Atenas. De acordo com o treinador, não adiantará o atleta ser bom nos exercícios de solo e no salto sobre o cavalo (onde ficou na 14.ª colocação no Mundial), se ficar abaixo dos melhores competidores nos outros aparelhos.