O desafio era gigantesco, mas Diego Higa superou. Escalado para representar o Brasil no reality show Hyperdrive, produção da Netflix, o brasileiro foi o melhor entre pilotos de drift de todo o mundo, brilhou nas provas mais desafiadoras do automobilismo e faturou o título da primeira temporada da série. Com mais uma grandiosa conquista na carreira, Higa agora busca o inédito tetracampeonato brasileiro da modalidade.

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Foram 40 dias de gravações na cidade de Rochester, em Nova York, Estados Unidos. A série contou com 28 participantes, e todos foram testados ao limite em uma pista de obstáculos desafiadora. A perícia ao volante, a habilidade mecânica e a resistência emocional dos pilotos foram colocadas à prova em 10 episódios, disponíveis para exibição através da plataforma de streaming Netflix. A primeira temporada do Hyperdrive foi produzida pela estrela internacional Charlize Theron, e apresentado por Lindsay Czarniak, Rutledge Wood, Mike Hill e Michael Bisping.

“A participação no Hyperdrive foi especial do início ao fim. Ser selecionado para um projeto grandioso como esse, encarar os desafios durante as gravações e ter a felicidade de ganhar é uma sensação incrível, que me deixa muito orgulhoso. Enfrentei obstáculos que nunca vi na vida e que nunca pensei em fazer, que poderia superar. Foi inexplicável”, comemorou Higa.

Aos 22 anos, o piloto natural de Santos, em São Paulo, tem em seu DNA velocidade e desafio. Conheceu o automobilismo quando criança, fruto da paixão de seu pai. Ainda na infância, deu suas primeiras voltas no kart, antes de migrar para o drift, modalidade que seu pai conheceu durante o período em que viveu no Japão.

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Apesar da pouca idade, Diego Higa é experiente e goza de grande conhecimento técnico de automobilismo. Frieza e habilidade foram fundamentais para ele se destacar na carreira. As qualidades também foram decisivas durante o reality show, quando precisou superar adversidades e comemorar a glória de cada conquista.

“Vivi 40 dias intensos de gravações, superando limites a cada momento. Foi incrível desde que pisei na pista até o momento do anúncio do título, que sem dúvidas é o momento que guardo na memória com mais carinho. A produção fez um suspense grande para anunciar o vencedor, e eu não fazia ideia que poderia ser campeão. Passei por momentos difíceis no programa, especialmente quando bati. Desalinhou muito o carro, tive que me superar para terminar a prova e consertar o problema para as provas seguintes. Foi muito difícil, mas no final deu tudo certo”, relembrou.

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Guiando seu Mustang, Higa foi ganhando confiança a cada prova durante as gravações do Hyperdrive na medida em que fora despachando seus adversários e avançando rumo ao topo da disputa. Vontade de vencer no início, certeza da conquista após momento crucial.

“Eu cheguei na pista e vi pilotos do mundo inteiro, cada um com suas máquinas. Eu já conhecia alguns, e pensava: ‘Estou aqui com meu Mustang velho’ (risos). Mas, logo que ganhei do piloto que estava com uma Lamborghini, minha confiança aumentou, especialmente por ser uma prova que era favorável para ele e seu carro. Pensei: ‘Se ganhei dele, posso ganhar de qualquer um aqui’. Eu sabia que teria que beirar a perfeição para sair do programa com o título”, avaliou.

Motivação extra rumo ao tetracampeonato brasileiro

História feita no Hyperdrive representando o Brasil, é chegada a hora de Diego Higa voltar o foco para o cenário nacional. Atual tricampeão brasileiro em anos consecutivos (2016, 2017 e 2018), o santista lidera a temporada 2019, que segue para sua reta final. O triunfo internacional serve para motivá-lo ainda mais na corrida pelo inédito tetracampeonato.

“A vitória me deixou ainda mais motivado para a sequência dos meus desafios. Estamos na reta final da temporada, e eu não vejo a hora de estar em pista e seguir na luta pelo título. Quero fazer história, quero o tetracampeonato, e vou batalhar muito para erguer o troféu de campeão no final da temporada”, avisou.