São Paulo (AE) – Como nos tempos de Sampras x Agassi, McEnroe x Connors, Lendl x Becker, entre tantos outros duelos marcantes da história do tênis, Roger Federer, o número 1 do ranking mundial, e Rafael Nadal, o 2, decidem o título masculino de Wimbledon hoje, a partir das 10h (de Brasília), com SporTV2. O jogo, no entanto, vale muito mais do que o cheque de US$ 1 milhão de prêmio: dará ao campeão a certeza do reinado.
Federer busca o 4.º título consecutivo na grama do All England Club. Só que está em impressionante desvantagem diante de Nadal: perdeu as quatro finais disputadas contra o espanhol este ano, incluindo a de Roland Garros. Tem ainda retrospecto negativo de seis derrotas contra apenas uma vitória. "Sempre tive retrospecto negativo diante de algum tenista. Melhor que isso aconteça agora diante do número 2 do mundo", disfarça Federer.
Rafael Nadal desafia os teóricos. Campeão de Roland Garros e rei do saibro, o jovem espanhol repete o feito de Bjorn Borg, o genial tenista sueco que também era um especialista no jogo de fundo de quadra e mesmo assim levantou o troféu de Wimbledon por cinco anos seguidos. "Não quero me comparar com Borg. Não sei o que dizer sobre o fato de estar ganhando na grama e jogar de fundo de quadra. Na verdade, nunca vi sequer o Borg jogando".
Os dois tenistas apareceram tranqüilos para a entrevista coletiva de ontem, um novo procedimento para a véspera das finais do Grand Slam, sugestão da ITWA (associação dos jornalistas de tênis) acatada pela ITF, a Federação Internacional. Federer revelou-se confiante no quarto título consecutivo. "É sempre muito difícil chegar a uma final de Grand Slam. E espero terminar o torneio em grande estilo".
Mauresmo vence no feminino
São Paulo (AE) – Com uma vitória de muita força e talento, a francesa Amelie Mauresmo, a atual número 1 do mundo, conquistou o título do torneio de Wimbledon ao derrotar ontem a belga Justine Henin-Hardenne, por 2/6, 6/3 e 6/4. A conquista entra para a história do tênis francês. Ela passa a ser a segunda jogadora de seu país a levantar a ambicionada "saladeira’ (tradicional troféu do All England Club), depois de 81 anos – em 1925, Suzanne Lenglen foi a campeã. É um bom começo para um memorável fim de semana para a França.
"Queria muito esse troféu e agora ninguém mais vai poder falar de meus nervos", disse Mauresmo, referindo-se ao fato de ser criticada por perder vários jogos por causa do emocional. "Agora vamos ver se no futebol o nosso time dá a mesma sorte".
Com jeito de "personal trainer?, músculos à mostra e vigor físico invejável, Amelie soube como usar seu melhor condicionamento para superar Henin. O jogo, pelo menos no primeiro set, parecia estar mais para o lado da belga, que não conseguiu manter o mesmo nível técnico.
Este foi o segundo título de Grand Slam para Amelie Mauresmo, que venceu o Aberto da Austrália também diante de Henin-Hardenne, que não reagiu bem à ingestão de antiinflamatórios.