São Paulo – No duelo de campeões estaduais, o Fluminense levou a melhor sobre o São Paulo: 2 a 1, ontem à tarde, no Maracanã. Um resultado mais do que merecido pelo que a equipe carioca fez. O São Paulo? Bom, a ousadia de Milton Cruz não passou da boca pra fora. Nem Luizão nem três atacantes. O tricolor entrou em campo ainda com a cara de Emerson Leão. Quando o técnico interino tentou mudar o esquema, já era tarde para uma reação.

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Na próxima rodada, o São Paulo recebe o Paraná Clube, sábado, no Morumbi. Até lá, a torcida espera que a diretoria já tenha definido o substituto para a vaga deixada por Leão. Seja ele Milton Cruz ou não.

Talvez tivesse sido melhor apostar no futebol de Luizão. Enquanto esteve em campo, Diego Tardelli não fez nada. Em nenhum momento lembrou o jogador que brigou pela artilharia do campeonato paulista. Grafite sim foi o raçudo e brigador de sempre. Até fez um gol, mas o impedimento de Fabão fez com que o juiz invalidasse o lance.

Àquela altura, o gol de Grafite poderia mudar a história da partida, já que o Flu vencia só por 1 a 0. Placar mais do que justo pelo futebol aplicado do campeão carioca.

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O jogo começou quente. Os dois tricolores querendo mostrar serviço e, logo no primeiro minuto, o Flu chegou. Tuta cruzou, Diego desviou de cabeça, Preto Casagrande mergulhou para completar e Cicinho salvou o São Paulo. Os paulistas chegaram com Grafite. Kléber teve de se virar para evitar o gol do atacante.

O Fluminense teve uma grande chance nos pés de Gabriel, ex-São Paulo, que apareceu livre nas costas de Júnior e disparou cruzado, assustando Rogério Ceni.

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Depois de dez minutos de pura correria, as equipes se acalmaram. A marcação no meio começou a prevalecer. De um lado, Marcão comandava o Flu, do outro, Josué, com toda calma, tinha sangue frio suficiente para colocar a bola no chão e sair jogando, mesmo rodeado de cariocas.

Aos poucos, porém, a força dos laterais do Flu começou a fazer a diferença. Na esquerda, Juan e Cicinho travaram um confronto sem vencedor. Mas na direita, Gabriel deu um passeio em cima de Júnior. Foi dali que o Fluminense chegou ao gol. Gabriel jogou para dentro da área e Fabão derrubou Tuta: pênalti. O próprio atacante cobrou e converteu: 1 a 0, aos 29.

Os cariocas continuaram levando vantagem. O gol anulado de Grafite não intimidou o Flu. Rodrigo Tiuí e Tuta perderam duas vezes. Aos 29, Tiuí bateu, Ceni não segurou e Tuta empurrou para as redes.

Milton Cruz sacou Júnior e colocou Marco Antônio. A primeira vez que tocou na bola, o garoto fez toda a jogada para o golaço de Souza, aos 32. Lugano e Souza ainda tiveram chance de arrancar o empate, mas já era tarde.

Paulistas detonam arbitragem

Rio – O São Paulo apresentou uma lista de explicações para a derrota para o Fluminense, no último jogo do Maracanã antes da nova reforma. A principal delas foi a má arbitragem, nem tanto do juiz paranaense Héber Roberto Lopes, mas de seus dois auxiliares. O goleiro Rogério Ceni era um dos mais revoltados, sobretudo porque ele amargou uma derrota justamente no dia em que igualaria a marca de Waldir Perez no clube: 597 jogos.

Antes mesmo de descer para o vestiário, ele procurou o juiz no gramado para cobrar os erros. ?Ele cometeu vários erros e ainda só permitiu três minutos de acréscimo?, resmungou o jogador.

O técnico interino Milton Cruz foi mais contundente. Chateado com a péssima estréia no Brasileiro crucificou o trio de arbitragem. ?O São Paulo foi prejudicado no Maracanã. Teve contra um pênalti duvidoso e ainda um gol legítimo anulado?, desabafou.