Destaques do Atlético não falam português

Nessa reta final de campeonato, os jogadores que têm se destacado no Atlético não falam português, mas têm tratado a bola como manda a cartilha do bom futebol brasileiro. O trio colombiano formado por Viáfara, Valencia e Ferreira (que coincidentemente atuaram juntos pelo América de Cáli) tem conquistado o torcedor rubro-negro e demonstrado em campo o seu valor. Atualmente, dá para afirmar que eles se constituem nos pilares da equipe. Ferreira é incontestavelmente o melhor jogador do Furacão na atualidade e responsável por dar velocidade ao ataque. Valencia, desde que começou a atuar, em junho, deu sustentabilidade ao meio-campo, graças às suas passadas largas e grande senso de cobertura e marcação. Só faltava o goleiro Viáfara brilhar. E isso aconteceu na última sexta-feira, diante do Juventude. O número um se desdobrou embaixo da meta e fechou o gol, impedindo que o Atlético saísse de Caxias do Sul com uma derrota.

Invicto

Julian Viáfara, 29 anos, chegou no Rubro-Negro em janeiro deste ano, mas só conseguiu liberação para jogar em abril, devido a problemas com seu ex-clube (América de Cáli). Conquistou a titularidade no jogo de ida contra o Vasco, pela Copa Sul-Americana, após a venda do jovem Guilherme para o Locomotiv Moscow, na primeira quinzena de agosto. A partir dali foram 14 apresentações (Sul-Americana e Brasileirão) e quatro delas sem levar gols. Nos últimos três jogos, Viáfara está invicto, seqüência inédita no ano para o Atlético em competições oficiais.

A boa fase do goleiro fez ele comentar sobre a possibilidade de ser convocado para a seleção de seu país, seguindo o exemplo do amigo Ferreira. Viáfara chegou a conversar com o técnico Jorge Luis Pinto, que informou que será difícil convocá-lo no momento, pois está iniciando trabalho com outros goleiros. ?Agora o meu trabalho está focado no Atlético?, finalizou Viáfara.

CT do Caju recebe ?gringos? desde 2005

Valquir Aureliano
Dayro Moreno, que chegou este ano, não vingou e voltou pro seu país de origem.

Jogadores colombianos no elenco atleticano já são uma constante desde 2005. A ?invasão? começou com Vladimir Marin, o lateral-esquerdo que chegou em janeiro daquele ano como reforço para a disputa da Libertadores. Veio por empréstimo do Jorge Wilstermann (Bolívia), não agradou e permaneceu até dezembro. Ainda em junho de 2005, desembarcou no Furacão o baixinho Ferreira, que atualmente é ídolo do time paranaense. No ano seguinte, foi a vez de Sérgio Herrera mostrar seu futebol. Contratado como grande promessa de gols, devido ao seu histórico em outros clubes, não rendeu e retornou para a Colômbia (Deportivo Cali) no final do ano. Em 16 jogos só conseguiu marcar um gol, contra o Vasco, no Brasileirão.

Em 2007, a legião colombiana cresceu. Em janeiro desembarcaram Viáfara, Valencia e Dayro Moreno. Os dois primeiros tiveram problemas com a liberação de seu ex-clube (América de Cali) e só ingressaram no Atlético em abril e maio, respectivamente. Encaixaram tão bem no clube que hoje são titulares.

O atacante Dayro Moreno teve poucas oportunidades e resolveu rescindir seu contrato em junho, retornando ao ex-clube Once Caldas (Colômbia). Em dois jogos oficiais (contra Figueirense e Goiás), marcou uma única vez, na goleada aplicada em Florianópolis (6 a 3), na abertura do Brasileirão.

Outro colombiano que passou por aqui foi o lateral-esquerdo Julian Palácios, 20 anos. Ele ficou treinando no CT em período de experiência no início do ano.

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