Sem poder contar com Neymar, suspenso, e também sem os lesionados Mbappé e Cavani para formar o seu poderoso trio de ataque, o Paris Saint-Germain contou com dois gols do argentino Di María para vencer o Real Madrid por 3 a 0, nesta quarta-feira, no estádio Parque dos Príncipes, na capital francesa, em sua estreia nesta Liga dos Campeões.
O atacante formou um trio ofensivo com o seu compatriota Icardi e o espanhol Sarabia. E foi em uma jogada com a participação dos dois jogadores argentinos que o PSG abriu o placar em sua casa. Aos 14 minutos, o lateral-esquerdo Bernat tabelou com o ex-jogador da Inter de Milão e cruzou para Di María chegar de trás e finalizar para as redes.
E o mesmo Di María voltaria a ser decisivo ainda no primeiro tempo. Aos 33, ele recebeu passe de Gueye na entrada da grande área e, com categoria e precisão no arremate, acertou o canto esquerdo baixo do goleiro Courtois, que não conseguiu chegar na bola mesmo após se esticar todo para fazer a defesa.
Os gols foram para o argentino como uma espécie de confirmação da “lei do ex”, pois ele defendeu o Real Madrid entre 2010 e 2014. E a sua atuação decisiva assegurou ao PSG largar na frente no Grupo A da competição continental, com três pontos. Horas mais cedo, na abertura desta chave, Brugge e Galatasaray empataram por 0 a 0, na Bélgica, e ficaram com um ponto cada um.
Lanterna após a sua estreia ruim, o Real terá de buscar a sua reabilitação no próximo dia 1º de outubro, em Madri, onde receberá o Brugge no estádio Santiago Bernabéu. No mesmo dia, o PSG terá pela frente o Galatasaray na Turquia.
Neste confronto em solo turco, Neymar cumprirá o seu segundo e último jogo da suspensão que recebeu da Uefa por insultos à arbitragem da partida em que o clube francês foi eliminado da edição passada da Liga dos Campeões. Naquela ocasião, o brasileiro, lesionado, nem estava em campo, mas usou as suas redes sociais para manifestar a sua fúria contra uma decisão dos juízes que foi determinante para selar a derrota por 3 a 1 para o Manchester United, em Paris, que definiu a queda de sua equipe na competição.
Sem o poder de fogo proporcionado por Neymar, Cavani e Mbappé, o técnico Thomas Tuchel resolveu dar mais força de marcação ao seu meio-campo ao colocar o zagueiro brasileiro Marquinhos como primeiro volante, enquanto Kimpembe foi escalado na zaga formando dupla com Thiago Silva.
E mesmo sem os seus principais atacantes à disposição, o PSG foi muito mais ofensivo do que o Real Madrid, que chegou a marcar um belo gol por meio de Gareth Bale, aos 35 minutos do primeiro tempo. O galês, porém, dominou a bola com o braço antes de finalizar para as redes após aproveitar uma sobra de uma dividida de Benzema com a zaga adversária. E a anulação do gol só ocorreu após o juiz da partida recorrer ao VAR (arbitragem de vídeo).
Maior campeão da história da competição, com 13 títulos, sendo os últimos três sob o comando de Zinedine Zidane, o Real também foi a campo desfalcado de nomes importantes como o zagueiro Sergio Ramos, suspenso, e o lateral-esquerdo Marcelo, lesionado, além de não ter também Modric, Isco e Asensio.
Assim, o treinador francês apostava as suas fichas principalmente em uma boa atuação de Hazard, maior contratação do Real para esta temporada, mas o belga pouco conseguiu fazer e acabou sendo sacado para a entrada de Lucas Vázquez aos 25 minutos do segundo tempo. E pouco depois, o jogador participou da trama que resultou em um gol do francês Benzema, mas o espanhol estava impedido no lance. E o mesmo Benzema desperdiçou uma ótima chance de marcar, aos 33, em cabeçada que passou perto da trave esquerda do goleiro Navas, outro ex-jogador do Real.
Pouco depois, Zidane resolveu tirar Bale e colocar Vinicius Junior em campo, aos 35, mas o brasileiro teve pouco tempo para mostrar serviço. Pelo lado do PSG, Tuchel deu fôlego ao seu meio-campo ao trocar Marquinhos por Herrera, depois de ter sacado Icardi e promovido a entrada de Choupo-Moting no ataque.
E ainda houve tempo para os anfitriões marcarem mais um gol, nos acréscimos, aos 46, em uma linda jogada. Após uma roubada de bola no campo defensivo, Meunier tabelou com Di María, invadiu a área e trocou passe com Bernat antes de completar para as redes. Foi a cereja no bolo para coroar a ótima atuação do desfalcado, mas ainda forte PSG.