O confronto deste sábado entre Flamengo e Palmeiras define o rumo do Brasileirão. O time de Luiz Felipe Scolari defende a liderança do torneio com quatro pontos de vantagem sobre o rival. Se vencer, dará grande passo rumo ao título e vai tratar de administrar a vantagem, que iria para sete pontos.
Se perder, o líder será ameaçado nas próximas rodadas, pois a vantagem cairá para um ponto. Se todos os jogos de um torneio de pontos corridos valem uma decisão, o jogo do Maracanã vale um pouco mais em função do peso das rodadas finais e do lado emocional.
O time de Felipão tem quatro desfalques (Mayke, Bruno Henrique, Lucas Lima e Deyverson) e tenta se recuperar da derrota para o Boca Juniors na Copa Libertadores, pela ida da semifinal, na quarta-feira. Na sexta, Felipão reuniu os jogadores no Rio de Janeiro e teve uma conversa rápida com eles no CT do Fluminense. O time só teve esse treino depois da “batalha” de Buenos Aires.
Do ponto de vista físico, o Flamengo está mais inteiro. Só disputa o Brasileirão e teve a semana livre para treinos. Por outro lado, o ambiente ficou estremecido com a recusa de Diego Alves em ficar na reserva no último domingo. Ele voltou a treinar, mas não foi relacionado para a partida. Cesar será titular.
O jogo de hoje está inserido em um contexto de rivalidade crescente. As diretorias trocaram farpas publicamente sobre arbitragem na semana passada (Felipão será julgado pelo STJD por insinuar favorecimento ao rubro-negro).
As torcidas se provocam nas redes sociais em função das últimas campanhas. Em 2009, o Flamengo ultrapassou o rival; em 2016, o time paulista sustentou a ponta e ironizou a expressão “cheirinho de hepta”, criada pelos rubro-negros; o ano de 2018 é um tira-teima. Os rivais possuem os dois elencos mais caros do Brasil: os palmeirenses valem R$ 87,5 milhões; já os flamenguistas somam R$ 86,6 milhões.