O possível acerto do volante João Paulo com o Coritiba chama bastante a atenção. Não pela contratação em si, afinal o jogador já havia se destacado por onde passou nos últimos anos, mas por se tratar de uma troca de clubes saindo direto do Atlético para o seu maior rival. A mudança de um jogador do Furacão para o Coxa e vice-versa, hoje em dia não é mais comum. A última vez que isso aconteceu foi em 1999, com Sandoval.

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Titular do Coritiba no Brasileirão de 1998, o meia pertencia ao São Paulo e estava no Alviverde por empréstimo. Na temporada seguinte, retornou à capital paranaense, mas ao Furacão, como parte do pagamento pelo zagueiro Wilson.

Porém, esta mudança de rival é considerada estranha nos dias de hoje, mas no passado era algo bastante comum e natural. Principalmente no final dos anos 1960, graças ao torneio Roberto Gomes Pedrosa, o antigo Brasileirão.

Os clubes de Curitiba fizeram um acordo para que o representante paranaense no torneio teria direito de emprestar dois reforços dos oponentes principais. Assim, em 1968, o Coritiba havia cedido para o Atlético o goleiro Célio e o lateral Nilo. Já em 1970, o Alviverde emprestou ao Rubro-Negro o lateral-direito Hermes e o eterno Capitão Hidalgo. Já o caminho contrário quem fez foi Nilson Borges, ídolo atleticano, mas que em 1969 foi para o Coxa.

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Destaque do Coritiba entre 1973 e 1977, Aladim defendeu o Atlético em 1978 e no ano seguinte voltou ao Alviverde.

Na década seguinte, foi a vez dos goleiros. Roberto Costa, antes de ser um dos destaques do Furacão que foi terceiro no Brasileirão de 1983, atuou pelo outro lado. O arqueiro jogou no Atlético entre 1978 e 1981, quando foi para o Coritiba, mas na temporada seguinte já vestia vermelho e preto. Já Rafael Cammarota deixou o Rubro-negro em 1985 para ser campeão nacional com o Coxa.

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Quase uma década depois, outro goleiro que vestiu as cores atletiba foi Sadi. O atleta jogou pelo Atlético entre 1992 e 1993, mas no ano seguinte se transferiu para o rival. Depois, o zagueiro Luis Eduardo fez esse caminho.

História a parte

Um caso que chamou muito mais a atenção e foi muito polêmico, apesar de não ter chegado a jogar com as duas camisas ficou por conta do atacante Cléber Arado.

Destaque do Coritiba no Campeonato Brasileiro de 1997, o atleta foi para o Mérida, da Espanha, onde ficou poucos meses e em 1998 havia acertado com o Atlético. Só que já na concentração do Furacão, ele recebeu uma proposta para voltar ao Coxa e não teve dúvidas. Pulou o muro do CT do Caju e se mandou para assinar com o Alviverde.