Até o início do ano, talvez ninguém apontasse Sandi Morris como uma das candidatas à medalha de ouro no salto com vara nos Jogos Olímpicos do Rio. A norte-americana, entretanto, já está entre as favoritas. Nesta sexta-feira, ela abriu a temporada internacional igualando o recorde histórico da Diamond League, com um salto de 4,83m em Doha (Catar).
Em toda a história da competição, só duas atletas haviam saltado tão alto: a cubana Yarisley Silva em Londres, em 2013, e a grega Nikoleta Kyriakopoulou, em Paris, no ano passado. Como comparação, ao longo de todo o ciclo olímpico, Fabiana Murer só saltou acima disso (4,85m) uma vez – no ano passado, para ganhar a prata no Mundial de Pequim.
Morris apareceu com destaque na impressionante temporada indoor deste ano, quando três norte-americanas (ela, Jennifer Suhr e Demi Payne) e uma grega (a também desconhecida Ekaterini Stefanidi) saltaram acima de 4,89m. Suhr bateu o recorde mundial indoor, com 5,03m, enquanto Morris alcançou 4,93m. Como comparação, na temporada do ano passado só a cubana Yarisley Silva passou de 4,85m.
Em Doha, Morris levantou em 10 centímetros o sarrafo após garantir a vitória. Tentou 4,93m, mas falhou nas três tentativas. A prata foi para Nicole Büchler, da Suíça, com 4,78m, enquanto Stefanini ganhou o bronze com 4,73m, melhor resultado dela em temporadas outdoor. Fabiana Murer não competiu.
OUTRAS PROVAS – A primeira etapa da Diamond League em 2016 foi bastante forte. Nos 100m, vitória ficou com a norte-americana Tori Bowie (10s80), que superou as favoritas Dafne Schippers, da Holanda (10s83) e Veronica Campbell-Brown (10s91), da Jamaica. Quarta do ranking mundial do ano passado, Bowie igualou a melhor marca da carreira. Vice-campeã mundial, Schippers ficou a 0s02 do seu melhor.
O norte-americano LaShawn Merritt venceu fácil nos 400m, enquanto o queniano Asbel Kiprop levou a melhor nos 1.500m. No salto em altura, o ídolo catariano Mutaz Barshim falhou e terminou só em sétimo. A vitória foi para Erik Kynard, dos EUA, com 2,33m.
A única participação brasileira foi de Keila Costa, apenas a oitava entre oito participantes do salto triplo. Ela saltou 13,69m, bastante distante dos 14,17m no ano passado que a garantiram na Olimpíada. Ainda assim, salto semelhante a deixaria só em sexto.
A colombiana Catarine Ibargüen venceu com 15,04m, seguida de Yulimar Rojas, da Venezuela, com 14,92m. A venezuelana de 20 anos tinha 14,20m como melhor da carreira, no Pan de Toronto, e agora foi para 14,79m – o salto de 14,92m teve vento acima do permitido. O resultado é o terceiro melhor de todo o ciclo olímpico.