O processo de desapropriação de imóveis no entorno da Arena da Baixada parou. Nem mesmo as avaliações dos imóveis foram feitas pela prefeitura de Curitiba. Os moradores não só aguardam nova reunião com representantes do governo municipal, como esperam pela visita dos técnicos da diretoria de patrimônio para medição dos terrenos, que eles acreditavam que ocorresse em outubro. “Estamos aguardando o desfecho, mas está meio devagar. A obra [da Arena da Baixada] está acontecendo, mas nossa situação não tem novidade”, disse o aposentado João Guerra, que tem imóvel ao lado do estádio, na rua Brasílio Itiberê.
Renato Savi, proprietário de dois imóveis na região, também está esperando por uma nova manifestação do governo municipal. “Estamos aguardando ainda, não teve nada de novidade desde a primeira vez que fomos procurados”, reforçou o proprietário.
No dia 4 de outubro, mesmo dia em que começaram as obras na Baixada, a prefeitura sinalizou que naquele mês o processo entraria em nova fase, com a realizações das avaliações, que seriam agendadas em seguida, mas nada mudou de lá para cá.
Segundo o secretário municipal par Copa do Mundo de 2014, Luiz de Carvalho, ele não cuida diretamente do assunto, que está sob responsabilidade da secretaria de administração, mas entregue diretamente à diretoria de patrimônio. No entanto, Carvalho garante que tudo está dentro do cronograma, embora as avaliações estejam apenas na promessa ainda. “O processo está em andamento, estão avaliando. É um processo conduzido pela secretaria de administração, e não recebi ainda um relatório das avaliações”, explicou.
Luiz de Carvalho negou que o fato de Curitiba não receber jogos da Copa das Confederações, em 2013, tenha feito o governo desacelerar os procedimentos, por conta do tempo maior que o Atlético terá para entregar o estádio dentro das exigências da Fifa. “Estamos trabalhando com muita intensidade nos projetos da Copa, nem tem motivo para isso [desacelerar]”, garantiu.
Ainda assim, apesar da paralisação no processo de desapropriação, os inquilinos de imóveis da rua Buenos Aires já estão tomando algumas medidas, como procurar outros locais para novas instalações. A preocupação deles é deixar tudo para a última hora e assim saírem prejudicados, por conta de falta de informações e estipulação de prazos para que as desapropriações sejam feitas.
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