A derrota para Fernando Alonso no GP da Espanha, depois de duas vitórias seguidas de Michael Schumacher, parece ter desanimado a Ferrari. Ontem, na abertura dos treinos livres para o GP de Mônaco, sétima etapa do mundial, o alemão não conseguiu esconder sua decepção com o desempenho da 248 F1 nas ruas do Principado. "Não dá para ficar feliz com os resultados de hoje", falou o heptacampeão. "É verdade que só usei um jogo de pneus, mas não isso não é desculpa, e não esconde o fato de que estamos muito lentos." Schumacher ficou em 15.º no segundo treino monegasco, 1s7 atrás do mais rápido do dia, Alexander Wurz, piloto de testes da Williams, o mais rápido do dia.
Hoje, Michael deve abrir mão da badalação de Monte Carlo para se afundar com os engenheiros diante dos computadores e buscar soluções. Ele e seu companheiro Felipe Massa, que descreveu a quinta-feira como "muito complicada" para sua equipe, especialmente na escolha dos pneus. A preocupação ferrarista se sustenta na importância das posições de largada, que serão definidas amanhã. Em Mônaco, mais do que em qualquer outra pista do calendário, largar na frente é fundamental para se obter um bom resultado, já que os pontos de ultrapassagem inexistem.
Michael, vice-líder do campeonato, tem como meta neste fim de semana reduzir sua desvantagem de 15 pontos em relação a Fernando Alonso, que andou bem e terminou o dia em quarto lugar. McLaren, Williams e Honda também mostraram bom potencial. "Teremos muitos adversários fortes aqui", lamentou Schumacher.
Os treinos de ontem aconteceram sem maiores incidentes, ao menos com pilotos titulares. O único que se assustou foi Kimi Raikkonen, da McLaren, que teve um princípio de incêndio no seu carro na primeira sessão. Ele mesmo teve de apagar com o extintor. Para sua sorte, a equipe não precisou trocar seu motor e ele treinou normalmente de tarde.
A definição do grid em Monte Carlo acontece amanhã às 9h de Brasília, mesmo horário da corrida, domingo, que terá 78 voltas.