São Paulo – O Corinthians é um desafio pessoal para Angioni, que quer a revanche. Em 1996, ele foi contratado pelo clube. Veio com o técnico Joel Santana. O time fez uma campanha ridícula no Brasileiro e sua permanência durou menos de seis meses.
“Quando eu iria começar a fazer a reestruturação que achava necessária, o clube contratou o Vanderlei Luxemburgo. Ele pediu a minha demissão porque achou que eu havia ficado do lado do Romário quando os dois se desentenderam no Flamengo, o que não é verdade. Mas tive de sair. Sabia que um dia eu voltaria e daria ao Corinthians a contribuição que não pude dar daquela vez”, confessa.
Paulo Angioni servirá como um escudo para o falante vice-presidente Antônio Roque Citadini. Ele sabe aplicar a psicologia para desviar a atenção nos momentos de crise, como fez no afastamento de Piá, Adrianinho, Régis Pitbull, Moreno, Vitor Hugo e Édson Araújo.
“Minha função é trabalhar em conjunto e enfrentar os momentos ruins. Já tive de dispensar atletas como Roberto Dinamite e Paulo Nunes. Não me dá prazer afastar jogadores, mas os clubes vivem renovando seus elencos. E para vencer é preciso ter atitude. Não adianta ficar protelando decisões.”
Vacinado pelo estado de penúria dos clubes cariocas, aponta um grande motivo que pode ajudar o Corinthians a reagir: “Aqui se paga em dia”.