São Paulo – No alto do teto do Ginásio do Ibirapuera, dois rapazes de macacão amarelo chamam a atenção. Eles são alpinistas e se esforçam para vedar os buracos do telhado do ginásio em que acontecerá a final da Copa do Mundo de Ginástica Artística, no fim de semana. A competição reunirá os oito melhores atletas do mundo em cada aparelho. O Brasil será representado em seis finais por quatro atletas: Daiane dos Santos, Laís Souza, Daniele e Diego Hypólito. As meninas chegam hoje e já treinam à tarde. Diego se junta ao grupo amanhã.
As goteiras do ginásio foram alvo de críticas de atletas e técnicos durante o mundial de basquete feminino, realizado em setembro. Para sanar o problema da água que caía da cúpula do teto, a Secretaria do Estado da Juventude, Esporte e Lazer do governo de São Paulo gastou R$ 174 mil.
Desta vez, o governo está sendo auxiliado pela Confederação Brasileira de Ginástica, que assumiu as despesas do serviço complementar para vedar os buracos da área das arquibancadas. São mais de 15 buracos aparentes. ?Esse serviço é pago pela confederação. Algo em torno de R$ 9 mil?, afirmou Antônio de Alcântara Machado Rudge, secretário do Estado da Juventude, Esportes e Lazer. Os buracos são vedados com pastas com produto que lembra o silicone, de acordo com um dos alpinistas.
Segundo o secretário, as goteiras da cúpula foram 99,9% resolvidas. ?São mais de 2 mil metros quadrados de cobertura. Por mais que se faça manutenção, a área se movimenta com vento, calor. O ginásio é antigo. O problema no mundial de basquete é que tivemos pouco tempo para fazer o reparo, já que a competição foi transferida do Rio de Janeiro para São Paulo. Há muito tempo não era feita manutenção. Além disso, no período da competição não tivemos chuvas como agora. Vamos torcer para não chover muito?, falou Rudge. Para Eliane Martins, supervisora de seleções, a chuva não deve trazer problemas. ?Já fui ao ginásio nesta segunda e vi de perto que estão arrumando o telhado. O mundial de basquete nos ajudou muito, porque já está tudo pronto?, diz.
Eliane também não teme por falhas na aparelhagem de som, já que no ano passado, na etapa da Copa do Mundo realizada no mesmo local, a música parou enquanto Daiane se apresentava no solo. A ginasta foi embalada pelas palmas do público. ?Esse ano não teremos CD. Tudo será computadorizado?, finaliza Eliane.