A presença da seleção olímpica do Brasil em Teresópolis trouxe de volta os protestos na entrada da Granja Comary, o condomínio onde fica a concentração de propriedade da CBF. Como ocorreu em 2014, durante a estadia da seleção principal por conta da Copa do Mundo, grupos aproveitam para fazer reivindicações. Na manhã desta terça-feira, os manifestantes eram os desabrigados das fortes chuvas na cidade em 2011 e professores estaduais, em greve há 135 com dias.

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Com faixas em inglês criticando o dinheiro gasto com a Olimpíada e com eventos relacionados aos Jogos, além da falta do cumprimento de promessas e de investimentos na educação, cerca de 20 pessoas, metade de cada grupo, postaram-se no acesso ao condomínio. “Em 2011, quando aconteceu a tragédia que levou nossas casas e centenas de pessoas morreram, recebemos ajuda até dos Estados Unidos, França e Alemanha. Por isso, a faixa em inglês. Quem sabe agora nos ajudem novamente”, disse a manicure Simone da Silva.

Ela e seu grupo reivindicam a entrega dos apartamentos do Condomínio Ermitage, às margens da BR-116 (Rio-Bahia), que o governo estadual prometeu entregar aos desabrigados. A obra faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida e no total terá 1.600 apartamentos.

“Já está tudo pronto, os apartamentos já foram até sorteados, mas o governo não libera alegando que falta construir um viaduto em frente ao conjunto habitacional. Mas o dinheiro foi liberado para a construção dos apartamentos e do viaduto, por que não fizeram? A história está mal explicada”, reclamou Simone, uma das responsáveis pela faixa com a frase: “We don’t want a torch, we want our homes” – “Nós não queremos a tocha, nós queremos nossas casas”.

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A manicure afirmou que as famílias estão em dificuldade porque desde maio o governo do Estado do Rio de Janeiro está atrasando o repasse do aluguel social (R$ 500 mensais), e isso causa dificuldade para que continuem nas habitações alugadas onde moram provisoriamente.

Já os professores estaduais têm várias reivindicações, entre elas reposição salarial e cumprimento de acordos trabalhistas. Eles portavam faixa em que criticavam o fato de, no entender deles, haver dinheiro para os Jogos, mas não para a educação pública. Ainda davam “boas-vindas” aos estrangeiros com a saudação: “Welcome to chaos!” – “Bem-vindos ao caos!”.

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