Para ser “perfeito” nos jogos que restam (única possibilidade de conseguir a classificação para a segunda fase do campeonato brasileiro), o Atlético sabe que terá que lidar com a irregularidade que a equipe apresenta no campeonato brasileiro. E mais que isso – terá que recuperar um fator que foi importantíssimo nos últimos títulos rubro-negros: o fator campo. Este Brasileiro marca a pior campanha atleticana em casa, com derrotas que hoje fazem muita falta. E o fato, na verdade, reflete a própria campanha do time na temporada. A chance de reverter a situação é amanhã, às 16h, contra o Atlético-MG.
Desde a reinauguração do estádio Joaquim Américo, em 99, o Atlético sempre teve ótimo rendimento jogando em casa. Naquele ano, foram apenas duas derrotas, para Internacional e Coritiba. No ano seguinte, foram apenas quatro derrotas em toda a temporada, todas elas na Copa João Havelange, para Coritiba, Guarani, Juventude e Internacional. Em 2001, ano do título brasileiro, o Rubro-negro perdeu apenas três partidas em sua própria casa, para Coritiba, Corinthians e Fluminense.
Mas nesse ano, disputando Sul-Minas, Paranaense, Libertadores e Brasileiro, o Atlético conheceu derrotas em seqüência, fato inédito na nova casa. No total, foram sete jogos perdidos, sendo que quatro deles durante o Brasileiro – para Ponte Preta, Gama, São Caetano e Internacional. Com isso, o rendimento rubro-negro dentro da Baixada é de 51,51%, longe do imaginado antes da competição.
Se conseguir derrotar Atlético-MG, Paysandu e Juventude em casa, o Atlético chegaria a 36 pontos, com razoáveis chances de classificação e com 66,67% de aproveitamento, já mais próximo dos adversários diretos na disputa por uma das oito vagas. “Não podemos pensar em outra coisa se quisermos nos classificar”, concorda o zagueiro Rogério Correa. “Não podemos nos esquecer que a Arena da Baixada é a nossa casa”, completa.
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O técnico Abel Braga usou o treino de ontem para praticamente definir a equipe que enfrenta o Atlético-MG. Sem poder contar com os suspensos Alessandro, Cocito e Alex Mineiro, o treinador testou David e Rogério Souza na lateral-direita, Preto e Wellington Paulo na vaga de Cocito e Dagoberto no ataque. A intenção é formar uma equipe mais ofensiva, principalmente se Preto for o companheiro de Douglas Silva no meio-de-campo. Gustavo, que também lutava por uma posição entre os titulares, foi vetado – no entanto, Kléber, que sentiu dores musculares, foi liberado e enfrenta o Galo. A provável escalação atleticana tem Flávio; David (Rogério Souza), Igor, Rogério Correa e Fabiano; Douglas Silva, Preto (Vital ou Wellington Paulo), Kléberson e Adriano; Kléber e Dagoberto.