Richard Carrión, principal executivo de finanças do Comitê Olímpico Internacional (COI), pediu demissão de sua função nesta quarta-feira. O dirigente porto-riquenho, que foi candidato derrotado na eleição para a presidência do COI, um mês atrás, vai deixar também a presidência da comissão de finanças, a presidência do comitê de auditoria e o posto de membro do comitê organizador dos Jogos do Rio/2016.

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Presidente do Banco Popular de Puerto Rico, diretor da Reserva Federal de Nova York e membro da Fiba (Federação Internacional de Basquete) desde 2010, Carrión ostentava o trunfo de ter negociado, em 2002, – e conseguido – o contrato dos direitos de transmissão com a rede de TV americana NBC pelo valor de US$ 4,3 bilhões até 2020. Responsável por negociar direitos de transmissão fora da Europa, ele arrecadou um total de US$ 8 bilhões em contratos.

Carrion, porém, concordou em ficar no cargo os Jogos do Sochi (Rússia), que se encerrarão em 23 de fevereiro. Assim, ajudará no processo de transição com a saída de Jacques Rogge e a entrada do novo presidente, Thomas Bach.

A saída do porto-riquenho é a primeira grande perda do COI desde a eleição de Bach, no dia 10 de setembro. O presidente do comitê olímpico alemão teve 49 votos na segunda rodada do pleito em Buenos Aires, superando exatamente Carrión, que terminou em segundo, com 29 votos. Na eleição, ele era encarado como o homem que poderia garantir estabilidade econômica ao COI nestes tempos de crise mundial.

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O porta-voz do COI, Mark Adams disse que Carrión mandou uma carta para Bach alguns dias depois da eleição. “Nessa carta, eu entendo que ele (Carrión) disse que acredita que o novo presidente precisa ter a liberdade de escolher prioridades e selecionar a equipe em quem confia. Ele deixou claro que estava feliz em ajudar em qualquer transição e gostaria de continuar com as negociações de TV.”