Foto: Arquivo |
O zagueiro Daniel Marques afirma que o time não pode perder, pois joga na Vila e com apoio da torcida paranista. continua após a publicidade |
Os jogadores do Paraná Clube asseguram que a derrota para o Engenheiro Beltrão já foi assimilada. O tropeço não trouxe maior pressão ao grupo. ?A pressão, num clássico, sempre existe. Não é maior nem menor, por conta do que aconteceu na rodada?, afirmou o zagueiro Daniel Marques.
Na visão dos atletas, o que existe é a mobilização pela busca de um bom resultado. Uma vitória sobre o Atlético – quinta-feira, às 20h30, no Durival Britto – vale passo decisivo na busca por uma das vagas nas semifinais.
?Por mim, queria estar em campo o quanto antes?, disparou o zagueiro Daniel Marques. Para o jogador, o duelo desta rodada tem o mesmo perfil do clássico disputado há dez dias (e vencido pelo Tricolor: 1×0). ?Não há favorito e quem erra menos, leva. É certo que não podemos perder, pois jogamos em casa?, admitiu Marques. O zagueiro lembrou que se o Atlético vem de vitória, tem também três pontos a menos do que o Paraná e segue na última colocação da chave. ?Vamos com muita seriedade para esse jogo, contando com o apoio do nosso torcedor?, emendou.
Para chegar à próxima fase sem sustos, o Paraná precisa fazer a lição de casa. É certo que com duas vitórias, o time se garante nas semifinais, mas essa matemática pode ser alterada caso vença o clássico. Ainda mais se o Engenheiro Beltrão superar, em casa, o Iraty. Nesse caso, tanto Paraná quanto Beltrão ficariam a apenas um ponto da classificação, faltando duas rodadas. ?Temos que fazer a nossa parte. Marcar forte e impor o nosso ritmo de jogo?, analisou Goiano, que entra na vaga do volante Léo, suspenso.
O técnico Paulo Bonamigo não oficializou, mas deixou clara a sua intenção quanto à formação da defesa e do meio-de-campo. João Paulo volta à equipe, na função de líbero, com Nem indo para o banco de reservas. No meio, o Tricolor terá a volta de Giuliano à condição de titular, após ter sido poupado do jogo em Beltrão (ele entrou só aos 13 minutos do 2.º tempo). Outra provável alteração ocorre na ala-esquerda, com Daniel Cruz recuperando a condição de titular. A improvisação de Éverton – que dera bons resultados contra Atlético e Vitória – não funcionou na última jornada.
A indefinição maior fica para o ataque. Cristian vai hoje a julgamento – por uma suposta simulação no clássico – e Joelson, com dores musculares, foi poupado dos treinamentos de ontem. No treino de ontem à tarde, Bonamigo não deu pistas sobre o que pretende armar no setor ofensivo. Ele utilizou treze jogadores entre os titulares, com os atacantes Fábio Luís, Jonatas e Rodrigo Pimpão se revezando à frente, ao lado de Cristian.
Cristian depende do TJD pra jogar o clássico
A presença do meia Cristian no clássico desta quinta-feira está nas mãos do Tribunal de Justiça Desportiva. Denunciado por uma suposta simulação em um lance polêmico ocorrido no Estádio Joaquim Américo, o jogador pode pegar de um a dez jogos de suspensão. ?Nessa história, sou vítima?, afirmou o jogador, que hoje estará presente ao TJD, acompanhado dos advogados do Paraná Clube.
?Acredito na sua absolvição. Como pode ter havido simulação se ele foi atingido na cabeça por um objeto? A imagem é clara e tenho certeza que ele estará em campo no clássico?, disse o vice jurídico do Tricolor, César Augusto Machado de Mello. O clube preparou várias provas, através de vídeo e fotos, para mostrar que o jogador foi realmente atingido. ?Se ele colocou a mão na cabeça e caiu, foi um ato-reflexo, diante do incidente?, comentou.
Cristian disse que na hora se assustou, sem saber o que havia batido em sua cabeça. ?Acho que quem deve ser condenado é o torcedor, aquele que foi inconseqüente e arremessou um objeto contra quem está ali, trabalhando?, disse o meia paranista. ?Felizmente, foi só uma bala, um drops, que não me machucou. Mas poderia ser mais grave e por isso chamei o árbitro até lá e lhe entreguei o objeto. Se ele não relatou isso em súmula, é outra história?, comentou.
Cristian será julgado no artigo 258 (assumir atitude contrária à disciplina ou à moral desportiva). Apesar da possibilidade de um ?gancho? severo, o meia se mostrava tranqüilo – assim como os advogados do clube -acreditando na absolvição. ?Vou treinar forte antes de ir pro tribunal, pois tenho certeza que a justiça será feita?, finalizou o jogador tricolor.
Apito de qualidade
?Lá em Engenheiro Beltrão, foi assim. No primeiro tempo, o adversário fez cinco vezes mais faltas do que a gente e só nossos jogadores foram advertidos?, afirmou Vavá Ribeiro. ?Lances como o da expulsão do Léo já haviam ocorrido algumas vezes e nenhum jogador do Beltrão foi amarelado?, disse. No mesmo tom, o dirigente lembrou que, no domingo, o Toledo foi prejudicado. ?O árbitro não deu um pênalti claro contra o Coritiba?, disse. ?Além disso, me falaram que em Iraty, o Danilo (zagueiro do Atlético) deveria ter sido expulso?.
Na visão dos paranistas, Héber Roberto Lopes é o melhor árbitro do Estado e um dos melhores do Brasil. O juiz vai trabalhar dobrado nesta semana. Hoje, ele comanda – junto com o assistente Roberto Braatz – San Lorenzo x Real Potosí, pela Copa Libertadores da América. Nesse Estadual, será o segundo clássico de Lopes, que já comandou, na fase classificatória, Paraná 1×0 Coritiba, jogo que marcou a estréia de Paulo Bonamigo no comando do time azul, vermelho e branco.