Lorena Manarin/O Paraná |
Paulinho Cascavel dirige interinamente o Cascavel. |
A derrota – 3 a1 – para o Iguaçu fez com que um turbilhão passasse pelo Olímpico ontem. Uma reunião da diretoria decidiu pela saída do técnico Lorival Santos, do preparador físico Fernando Veloso e dos jogadores Gilmar, Michel, Kanu, Niel e Emílio.
De todos eles, apenas Niel e Emílio não chegaram a estrear. Para o lugar de Lorival Santos, foi chamado ontem mesmo Val de Mello, que no início do estadual estava no Iraty.
A campanha da ex-comissão teve 10 jogos, com quatro vitórias, dois empates e quatro derrotas, contando com os três amistosos da fase de preparação.
O rendimento não agradou a diretoria e tampouco os torcedores, que vaiaram o time nas últimas partidas em casa, em especial nas derrotas para o Paranavaí e o Iguaçu.
?Neste campeonato, as coisas são muito imediatas e não podíamos mais esperar?, disse o diretor e, agora, técnico interino, Paulinho Cascavel. Até o próximo domingo, no confronto contra o Paraná, Paulinho orientará a equipe e já terá muitos problemas para resolver.
Além dos cinco dispensados, o treinador não contará com o atacante Jânio, o meia Rodrigo Costa e o zagueiro Fabiano, contundidos.
O novo treinador, Val de Mello, será apresentado hoje, mas só acompanha o time diante do Tricolor da capital, assumindo oficialmente o time na 10.ª rodada, contra o Nacional, em Rolândia. O diretor de marketing, André Piragis, afirmou que a contratação seria feita dentro do critério de conhecimento do futebol paranaense. Lio Evaristo, ex-Roma Apucarana, estava na lista. Também não estava afastada a possibilidade do retorno de Mirandinha, que prepara o Umuarama para a Divisão de Acesso. Mirandinha foi demitido em 2005, quando o time tinha 15 jogos invictos.
Jogadores levam puxão de orelha
Em uma reunião fechada, os jogadores foram bastante cobrados pela diretoria, em especial pelo advogado Eduardo Resende, representante da Belletti Sports. O advogado mostrou os prejuízos do clube com as derrotas em casa nas partidas que antecediam confrontos com as equipes da capital, e que diminuíram a arrecadação.
?Quando podíamos embalar e melhorar, o time perdeu. Estamos trabalhando porque queremos algo mais e sabemos que os jogadores podem dar. Só que às vezes, eles precisam de um puxão de orelhas?, afirmou.
O advogado também disse que a cobrança será forte, inclusive sobre o comportamento dos jogadores extra-campo. ?Temos uma cidade que está junto conosco e que nos cobra. Vamos adotar a linha dura?, completou.