“Temos que reagir antes que a luz vermelha acenda.” A frase do técnico Zetti dá o tom da preocupação que tomou conta dos tricolores após a terceira derrota da equipe na Série B.
O Paraná Clube fecha a sétima rodada com apenas 38% de aproveitamento, muito aquém das projeções da comissão técnica. Mesmo prometendo um time “inteiro e bem” a partir desse momento, o treinador não esperava fechar esse ciclo inicial tão distante das primeiras colocações. “O sinal de alerta já tem que ser geral”, avisou.
Depois de semanas marcadas pela tranquilidade – reflexo da sequência de três rodadas sem derrota -, a tendência é de dias mais tensos antes de um duelo decisivo frente ao vice-líder da competição. O Brasiliense surpreende e vem somando pontos importantes fora de casa. “Mais do que nunca temos a obrigação de vencer esse jogo. Então, é decisão”, disse Zetti logo após o revés (1×0, para o Figueirense), em Florianópolis.
Uma necessidade potencializada pela própria tabela. Na sequência, o Tricolor faz dois jogos fora de casa, contra Portuguesa e Atlético-GO. Novo deslize na Vila Capanema, frente ao time candango, representaria a perigosa incursão na terrível zona do rebaixamento. A simples lembrança da “ZR” faz o torcedor paranista sentir calafrios, depois do que o clube viveu ano passado. “O time é bom, mas precisa conseguir resultados”, frisou o treinador, que admite não ter ainda encontrado uma formatação equilibrada e confiável para as dificuldades da Série B.
Contra o Figueirense o Paraná fez, certamente, seu melhor jogo fora de casa. Mas um descuido fez com que a “casa desmoronasse”. Justamente numa infiltração pela faixa central do gramado. “Havia povoado aquele setor. Tínhamos, nesse momento, três volantes. Um lance assim não poderia ocorrer”, disse Zetti. Só que da teoria à prática, há uma distância enorme e o pior aconteceu.
O adversário conseguiu o gol e a vitória, em um jogo que caminhava para o empate. “Saímos muito tristes, pois vi a equipe bem e, mesmo após o gol, lutamos muito. Talvez o empate fosse mais justo”, ponderou o treinador.
Mas, como justiça no futebol é bola na rede, o Paraná deu sobrevida ao técnico Roberto Fernandes e viu um concorrente direto ultrapassá-lo na tabela. Pior do que isso, mesmo com um quarteto de frente, o Tricolor foi pouco contundente no ataque. Poucas bolas chegaram para o centroavante Alex Afonso e nem a “liberdade” dada a Bebeto equalizou essa dificuldade da equipe, que tem posse de bola, toque envolvente, mas arremata muito pouco. Um problema que Zetti terá que resolver com urgência, antes que o quadro se torne ainda mais preocupante para o sofrido torcedor do azul, vermelho e branco.
