Com tanta coisa que já aconteceu, o torcedor deve estar se perguntando: e agora? O que é que vai acontecer daqui por diante? Uma resposta ficou clara nos últimos dias. Depois de muita gritaria após o Atletiba, os ânimos serenaram, e a briga deve ficar mais restrita aos bastidores.
Os dirigentes de Atlético e Coritiba não falaram mais sobre a crise do clássico desde a última segunda-feira. As últimas declarações sobre o assunto foram sobre a marcação prévia do clássico pela Federação para a quarta-feira (1º). Naquele momento, os dois clubes eram contrários à data. Mas, depois de muita discussão e da falta de um acordo entre a dupla, ficou o jogo mesmo para a data definida pela FPF.
Os rubro-negros tiveram dois temas tão “quentes” quanto o Atletiba para tratar. Primeiro, a questão da grama sintética da Arena da Baixada, que foi vetada pelo Congresso Técnico da CBF realizado na segunda-feira. Depois, o grande tema da temporada, a Copa Libertadores, com a classificação sobre o Deportivo Capiatá, os planos para a fase de grupos e a confirmação da contratação de Eduardo da Silva. No Estadual, entretanto, o time segue sem vencer após quatro jogos. Até agora, foram três empates e uma derrota. Mas tem como amenizante o fato de estar disputando a competição com um time alternativo.
Os alviverdes tiveram uma semana mais tensa. Estava tudo indo bem. Na quarta-feira (22) Anderson foi apresentado como o principal nome da leva de reforços do clube para a temporada. Mas a eliminação para o ASA no dia seguinte em pleno Couto Pereira deixou o Coxa em crise de novo, com a torcida criticando jogadores, comissão técnica e principalmente a diretoria, que não falou sobre o assunto. O revés, somado à instabilidade do time neste início de temporada, acabou resultando na demissão do técnico Paulo César Carpegiani na noite desta segunda-feira (27).
O futebol será o tema da dupla Atletiba nas próximas semanas. Além do clássico, há muita coisa a ser resolvida. De um lado, estreia na Libertadores, reforços a serem liberados, expectativa para a sequência da temporada. De outro, a tentativa de encerrar a crise, a busca por jogadores e, talvez, um novo treinador, a definição de como fazer com apenas Paranaense e Brasileiro até o final do ano. Os bastidores seguirão quentes, mas é a bola que terá que ser a prioridade de Atlético e Coritiba a partir de agora.