Após semanas de negociação, suspense e especulações, finalmente neste domingo o Palmeiras vai encontrar Diego Souza. Porém, para infelicidade do técnico Cuca, será como adversário. O atacante do Sport e da seleção brasileira é a principal arma da equipe pernambucana para tentar ganhar o jogo, às 16 horas, pela 16.ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Arena Pernambuco, no Recife, com expectativa de lotação máxima de torcedores.
O atual campeão brasileiro passou cerca de um mês à espera de Diego Souza. O primeiro contato foi na Austrália. O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, chefiava a delegação da seleção brasileira em amistosos na Oceania quando conversou com o atacante, convocado pelo técnico Tite para os compromissos. Depois disso, o clube aguardou o atacante responder às ofertas de contratação. A espera levou tempo.
O Palmeiras enviou ao Recife dirigentes para negociar com o jogador pedido por Cuca para reforçar o ataque. A esperança aumentou quando Diego Souza alegou problemas pessoais e não enfrentou o Coritiba, no Paraná, na partida que seria a sétima dele pelo Brasileirão e, assim, tornaria impossível entrar em campo por outra equipe na competição, como prevê o regulamento.
A “novela” só acabou no último dia 13. Diego Souza começou no banco de reservas contra a Chapecoense e depois entrou no segundo tempo para ajudar o time a ganhar por 3 a 0. O Palmeiras já não contava mais com a contratação do atacante e intensificou, então, as conversas por um nome com quem negociava há dois meses. Deyverson, ex-Alavés, da Espanha, chegou ao clube e deve estrear justamente contra o Sport.
Os dois clubes fazem confronto direto pelo G6 do Brasileirão para um público que deve ser o maior do ano na Arena Pernambuco. Como a expectativa é de lotação máxima, a partida terá até mesmo esquema especial de transporte para levar os torcedores do Recife para São Lourenço da Mata, cidade onde fica o estádio.
Cuca terá de lidar com quatro desfalques por suspensão (Michel Bastos, Tchê Tchê, Dudu e Borja), mais Willian machucado e mais dois (Felipe Melo e Guerra) que ficaram em São Paulo para fazer recuperação física. A preocupação aumenta pela necessidade de conciliar atenções com a preparação para enfrentar o Cruzeiro, nesta quarta-feira, pelas quartas de final da Copa do Brasil, em Belo Horizonte.
“Eu vejo o Palmeiras usando o elenco que tem, isso é importante. Se você for pôr só os teus 11 titulares, estoura, o jogador não aguenta a sequência. Você precisa entender quando está na hora de dar uma segurada em um ou outro jogador para não correr riscos”, explicou Cuca. A tendência é o treinador apostar em um ataque modificado, sem homem de referência, e uma formação mais cautelosa.