Aliados

Depois das brigas pelo Atletiba, Coxa e Furacão seguem juntos nos negócios

Presidente do Atlético, Luiz Sallim Emed não se mostrou arrependido por clássico na Vila e disse que desavenças entre diretorias ficaram pra trás. Foto: Marcelo Andrade

O episódio do Atletiba na Vila Capanema parecia ter colocado um fim no clima amigável entre Atlético e Coritiba. Por conta do show do cantor italiano Andrea Bocelli, que se apresenta nesta quarta-feira (19) na Arena da Baixada, o clássico não poderia ser realizado na data marcada no estádio. O Furacão tentou mudar a data do confronto, mas o Coxa se negou e queria jogar no dia previsto pela CBF.

Depois, por ser realizado na Vila Capanema, o Rubro-Negro colocou os ingressos do adversário a um valor de R$ 200, alegando que precisaria de uma arrecadação para ajudar no pagamento do aluguel do estádio. Como resposta, o Alviverde instalou um telão no Couto Pereira e convocou os torcedores a ver o clássico fora da Vila. Tanto que apenas 15 ingressos para os visistantes foram vendidos para o duelo.

Porém, pelo menos nos negócios, a amizade parece não ter sido abalada. O próprio presidente do Atlético, Luiz Sallim Emed, fez questão de ressaltar que nada mudou entre os dois clubes. “As coisas passam. Em uma hora a nuvem está turbulenta, em outra céu de brigadeiro. Isso não pode enfraquecer a relação entre Coritiba e Atlético. Apesar dessas turbulências, temos que ficar aliados fora de campo para fortalecer o futebol paranaense”, disse o dirigente.

Nesta semana, representantes dos dois clubes se reuniram para negociar a renovação do contrato de transmissão com a TV aberta. O valor proposto para os dois times foi o mesmo, não sendo bem recebido. Ambos pretendem negociar juntos e assinar com os mesmos direitos.

Sem arrependimento

A vitória no Atletiba, além de ser decisiva no Campeonato Brasileiro, também deu um alívio à diretoria do Atlético, que podia sofrer cobranças por trocar o clássico em casa pelo show de Andrea Bocelli.

“Quando tivemos de sair da Arena, disseram que teríamos prejuízo técnico porque estamos acostumados a jogar em casa, na grama sintética, que não valorizamos o futebol. As coisas iam tomar uma proporção extraordinária com qualquer outro resultado. O resultado fortaleceu nossa decisão”, afirmou Emed.

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