O Paraná Clube dá início hoje, pela manhã, à segunda etapa desta intertemporada, quando o técnico Edu Marangon busca acertar detalhes técnicos e táticos do time para a seqüência de 17 jogos que definirão o Campeonato Brasileiro deste ano. Após um primeiro turno equilibrado, o Tricolor ainda não “se achou” no returno. Computou somente quatro pontos em seis rodadas, o que determinou a queda acentuada do time na classificação geral da competição.
O quarto técnico da equipe no Brasileirão – e o sexto na temporada – ainda não conseguiu uma seqüência de bons resultados. Pior que isso, o fraco desempenho diante do Bahia resultou em duras críticas ao grupo e numa mudança de linha de ação. “Vi vários jogos do Paraná no início do campeonato. Quando aqui cheguei, elogiei a qualidade do grupo e o espírito guerreiro que norteava a equipe. Mas, na prática, não é isso que estou percebendo”, disparou logo após o último revés.
O preparador físico Fabiano Rosenau – sob orientações do auxiliar-técnico Antônio Carlos Bona – foi orientado a modificar o perfil dos trabalhos físicos. Tendo como meta um avanço físico do grupo, foram programados treinos mais intensos e em dois períodos ao longo de toda a semana. Após cada sessão, os jogadores só conseguiam se queixar de dores nas pernas, mas sem contestações. “Sabemos que é para o bem do time”, diziam, em uníssono.
“Quero um time com força e velocidade e isso só é possível com atletas em plena forma, no limite”, comentou Marangon. Números comprovaram que o condicionamento do elenco estava, na média, num estágio aceitável. “Mas, não custa buscar aquele pontinho a mais, um fôlego extra para a maratona que teremos pela frente.”
A mensagem do treinador parece ter sido assimilada. Jogadores que estavam aquém do ideal -por estarem no banco, sem ritmo de jogo – foram os que mais trabalharam e a conclusão dos trabalhos, sexta-feira, mereceram elogios de Edu. “É isso que eu quero, um grupo mobilizado em busca do objetivo. Agora, é corrigir detalhes táticos para que façamos um grande clássico”, finalizou.
Paralelamente aos trabalhos com bola, Edu ficará na torcida pela absolvição de Goiano, em julgamento marcado para esta terça-feira, e pela recuperação de Maurílio. O atacante apresenta um hematoma na coxa esquerda e está sob tratamento intensivo desde a última quinta-feira. Se for vetado, Marangon terá que recorrer a um dos garotos ou modificar o perfil ofensivo do time, dando nova oportunidade ao meia Fernandinho, que começou o Brasileirão como titular e só perdeu a vaga após a contratação de Maurílio.
Independente da escalação, Edu Marangon sabe que não pode pensar em outro resultado senão o de vitória. “Jogaremos no Couto Pereira, na casa do adversário. Mas, isso não importa”, avisou. “Temos metas e para atingí-las, temos que melhorar nosso rendimento imediatamente, para que consigamos recuperar o contato com os primeiros colocados.” Sob esta diretriz, o Tricolor não poderá abrir mão de um esquema ousado, agressivo, para tentar pôr fim ao tabu de quase sete anos sem vitória sobre o rival no Couto Pereira.
